postado em 14/07/2008 21:27
O procurador-geral do Ministério Público Especial (MPE) junto ao Tribunal de Contas do Estado Rio Grande do Sul (TCE-RS), Geraldo Da Camino, deu um prazo de 15 dias para a governadora Yeda Crusius (PSDB) e o marido dela, Carlos Crusius, contestarem a representação do PSOL e do PV que questionou a compra de um imóvel pelo casal. Os partidos apontaram que o patrimônio e os rendimentos de Yeda e Carlos Crusius seriam incompatíveis com o custo de R$ 750 mil da residência, localizada na Vila Jardim, comprada em dezembro de 2006, ao fim da vitoriosa campanha política.
Depois do lançamento da carta-compromisso do governo do Rio Grande do Sul com a sociedade gaúcha, Yeda rompeu o silêncio e disse que o advogado constituído pelo casal, Paulo Olímpio Gomes de Souza, está com os documentos em mãos e dará as devidas explicações "muito antes" do tempo estabelecido por Camino.
A compra da moradia foi assunto recorrente da oposição durante a recente Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Deputados do PT argumentavam que o delegado Luiz Fernando Tubino indicou que o empresário tucano Lair Ferst teria destinado R$ 400 mil de sobras da campanha de 2006 para a aquisição da residência.
No mesmo depoimento à CPI, Tubino admitiu não ter provas do que dizia. A governadora do Rio Grande do Sul destacou que a Polícia Federal (PF) emitiu uma nota afirmando que não existia tal doação, e acusou a oposição de ter desprezado o documento durante a comissão. Este foi o motivo, segundo Yeda, por não ter esclarecido antes a questão.