postado em 16/07/2008 22:01
O presidente do PT no Estado de São Paulo, Edinho Silva, afirmou nesta quarta-feira (16/7) que não existem fatos concretos que desabonem membros do partido ligados ao sócio-fundador do Banco Opportunity, Daniel Dantas, conforme apontou a Operação Satiagraha, da Polícia Federal (PF), e que não haverá impactos políticos negativos do caso para a legenda nas eleições municipais. "Estou muito tranqüilo, pois é muito mais uma onda de especulação sem nenhum fato concreto até o momento", disse o dirigente, que é prefeito de Araraquara (SP).
Logo após a deflagração da operação e a prisão de Dantas, grampos e documentos da PF apontaram supostas ligações entre o banqueiro e o ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP). "Ele foi contratado pelo Dantas e levantava informação sobre uma pessoa que estava sendo seguida no Rio de Janeiro", disse. "Ele tem de buscar informação e não há nada de ilegal, pois é um advogado criminalista", completou o presidente do PT paulista.
"Mesmo o Gilberto Carvalho, o que tem de fato concreto que o atinja?", indagou Silva sobre o fato de o chefe do Gabinete da Presidência da República ter sido procurado por Greenhalgh para que apurasse quem seguia, no Rio de Janeiro, o ex-diretor da Brasil Telecom Humberto Braz.
Braz, que se entregou à PF no domingo, é apontado como um dos intermediários da tentativa de suborno ao delegado federal Vitor Hugo Rodrigues Alves Ferreira para obtenção de informações da investigação sobre o Opportunity. "O Gilberto declarou que não sabia de investigação alguma e que poderia ser até mesmo uma ameaça de seqüestro", afirmou o presidente do PT em São Paulo. Já sobre o possível envolvimento do deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP), Silva reafirmou também que não há qualquer fato concreto contra o parlamentar.