postado em 18/07/2008 10:03
Menos de duas semanas após o início oficial da campanha, democratas e tucanos, históricos aliados ; atualmente à frente da administração da capital paulista e também do Estado ;, já travam sua primeira batalha na Justiça Eleitoral. Nesta quarta-feira, a coligação "São Paulo no Rumo Certo", que tem o prefeito Gilberto Kassab (DEM) como candidato à reeleição, entrou com representação no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) contra a campanha do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB).
A argumentação foi a de que os vídeos hospedados no site de campanha de Alckmin estão em links no YouTube, o que foi proibido pela resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que regula a propaganda na internet neste ano. "A propaganda só é possível na página do próprio candidato", afirmou Francisco Octavio de Almeida Prado Filho, um dos advogados de Kassab.
O democrata pediu a retirada da página de Alckmin do ar até que se comprove a saída dos vídeos do YouTube. "Essa prática causa desequilíbrio entre as candidaturas", disse Prado. A Folha encontrou no YouTube um vídeo, apresentado por Alckmin, com realizações de seu governo (2001-2006) e veiculado durante o horário reservado à propaganda partidária obrigatória na TV.
A peça é a mesma disponível no site do candidato tucano, tanto que, até ontem à noite, na tela do vídeo aparecia a logomarca do YouTube. Os advogados de Alckmin afirmaram que vão recorrer hoje. Eles entendem que o recurso é permitido por lei. Apesar disso, a campanha prometeu retirar as peças do site até uma decisão final.
"É estranho que a coligação do prefeito Kassab só tenha representado contra nós, visto que outras candidaturas fizeram o mesmo", afirmou Edson Aparecido, coordenador da campanha do ex-governador.
Nesta quinta-feira, vereadores tucanos de São Paulo informaram ao comando da campanha de Alckmin que irão gravar com o candidato, na segunda, os programas do horário eleitoral, que começam em agosto. Se confirmada a gravação, será um derrota para Kassab, que até a semana passada contava com o apoio quase unânime da bancada tucana na Câmara.