Politica

Deputado denuncia e culpa Ibama por morte de gado

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postado em 23/07/2008 20:40
O deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA) afirmou nesta quarta-feira (23/7) que o Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não está tratando corretamente as mais de três mil cabeças de gado apreendidas na Operação Boi Pirata, realizada há mais de um mês, na estação ecológica da Terra do Meio, no Pará. Segundo ele, já faz uma semana que se tem notícia da morte de vários animais. Tem uma única pessoa para cuidar de todo o rebanho, quando seria preciso umas doze pessoas O Ibama não está dando assistência, não dá comida suficiente e falta água, afirmou o parlamentar. Como o gado não é para abate, não há interesse de frigoríficos no leilão desses animais, que já já teve duas tentativas frustradas. Segundo a Conab, do total, há 1.455 vacas e 486 bezerros. Além disso, o deputado diz que os bois, que poderiam ser abatidos, já emagreceram muito. Queiroz disse que a população local está revoltada. Os moradores, que trabalham nas fazendas da região, temem um efeito dominó, com a apreensão do gado de outras fazendas. Eu acho que não vão conseguir vender o gado. A população está solidária com o produtor. E se acharem um comprador, vão ter dificuldade para retirar os animais, advertiu Queiroz. Para o deputado, uma única medida do governo poderia ter evitado que se chegasse situação atual. Se o Estado indeniza as benfeitorias, acabou. A terra é mesmo do Estado. A criação da estação ecológica da Terra do Meio foi em 2005. Ninguém fez novas derrubadas desde o decreto. Se o procedimento fosse normal com a indenização das benfeitorias, não haveria esse impasse, explicou. Segundo ele, o prazo para o levantamento do valor das benfeitorias e indenização aos produtores já está vencido. O parlamentar também disse ter alertado o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, sobre um possível confronto. Eu disse para o ministro: vamos mesa de negociações antes que a agressão se torne pior. Se houver sangue, a culpa será do senhor, reproduziu o deputado. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Pará (Faepa), Carlos Xavier, disse que não há como haver comprador se não há controle da sanidade dos animais. Como é que vai fazer um leilão virtual em que as pessoas não sabem a sanidade dos animais?, indagou.

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