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Viagem de Arruda aos EUA rende perspectiva de triplicar empréstimos para o GDF

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postado em 26/07/2008 21:54
Washington (EUA) ; O governador José Roberto Arruda (DEM) encerrou esta semana a quarta viagem oficial aos Estados Unidos, com a possibilidade de triplicar os recursos de empréstimos tomados de bancos de desenvolvimento norte-americanos. Atualmente, o GDF tem em caixa US$ 256 milhões, o que equivale a R$ 430 milhões, referentes a crédito internacional. Mas pelo menos quatro projetos em andamento no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e no Banco Mundial (Bird) podem aumentar a capacidade de investimento do governo local em infra-estrutura e saneamento básico nos próximos dois meses. Entre a perspectiva e a finalização de um projeto de crédito oferecido por uma instituição financeira internacional há um longo caminho a ser percorrido. Isso explica porque, depois de 19 meses de negociações, apenas uma parte dos recursos discutidos foram de fato transferidos para o Tesouro do GDF. Apesar do tempo que se leva para concretizar uma operação de crédito com os bancos internacionais, a aposta do governo é de que, até o final de 2010, o GDF terá chegado próximo ao limite de endividamento de R$ 2,2 bilhões autorizado pelo Programa de Ajuste Fiscal (PAF), administrado pela Secretaria do Tesouro Nacional. A projeção do governo é amparada na receptividade com que executivos dos dois principais bancos de desenvolvimento norte-americanos trataram os projetos de interesse local. Dos cinco programas que o GDF levou para a mesa de negociação com as instituições em Washington nesta semana, quatro foram encaminhados pelos diretores. "Conseguimos retomar os empréstimos internacionais que estavam parados em função do descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Desentupimos o cano e entramos num círculo virtuoso com os bancos internacionais", avaliou Arruda. "Não temos nada que impeça a parceria com o GDF de crescer. Se o cenário continuar o de hoje, a tendência é que os convênios discutidos sejam finalizados", sinalizou o presidente do BID, Luis Alberto Moreno. Nos últimos dez anos, o GDF se viu impedido de finalizar negociações com os bancos de fomento por apresentar pendências fiscais incompatíveis com as exigências das instituições financeiras. Dois dos projetos pedidos ainda na gestão passada ; os recursos do Brasília Integrada, e do Brasília Sustentável ; só foram assinados na atual administração depois de um processo minucioso de ajuste nas contas públicas. O dinheiro disponível atualmente financia dois projetos centrais do governo Arruda. O Brasília Integrada envolve recursos da ordem de US$ 176 milhões do BID para serem aplicados na construção de corredores exclusivos de ônibus na EPTG. O objetivo é desafogar o trânsito na via que dá acesso a Ceilândia e a Taguatinga, as duas cidades mais populosas do DF. Ainda com o Banco Interamericano há outro convênio, de US$ 22 milhões, destinado a obras de saneamento, como o combate à erosão. O outro financiamento, no valor de US$ 57 bilhões, financia obras de urbanização, como esgoto, tratamento de lixo e da água na Estrutural e em Águas Lindas.

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