postado em 28/07/2008 17:14
O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), afirmou nesta segunda-feira acreditar que as eleições municipais de 2008 não têm peso para as de 2010. "A eleição municipal é sempre um fato local, não determina um movimento partidário, político ou nacional. Eu não dou esse crédito à eleição municipal, porque o fator local é sempre o que prevalece. É difícil, não se consegue, por mais que se queira, estadualizar ou municipalizar ou nacionalizar uma eleição que é municipal", explicou.
O peemedebista ainda comentou sobre a disputa nas cidades de Santa Catarina. "Nós [o PMDB] temos uma coligação, que deverá fazer entre 80, 90% das prefeituras. São partidos estruturados e candidatos preparados e o governo, com suas ações, obras e investimentos - nós já investimos em obras R$ 4,6 bilhões nos municípios de Santa Catarina em seis anos -, vai contribuir", afirmou.
Silveira também falou sobre a ação ajuizada pela coligação "Salve Santa Catarina" (PP, PMN, PV, PRONA), que representa o candidato derrotado ao governo em 2006 Esperidião Amin (PP). A ação pede a cassação de seu mandato por propaganda eleitoral extemporânea. O peemedebista é acusado de ter feito propaganda ilegal do governo em emissoras de rádio e televisão, além dos jornais no período da sua campanha eleitoral à reeleição. À época, Silveira se afastou do governo para disputar a reeleição.
"É um processo que está no Supremo [Tribunal Federal], eu renunciei ao mandato, dei um exemplo para o país, eu não era governador durante a campanha. Aquilo, é mais uma tentativa de meus adversários, inconformados, de ganharem no tapetão o que perderam na eleição."
São Paulo
Em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) também está sendo acusado de usar a máquina pública para tentar influir nos resultados da última pesquisa Datafolha. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, em um e-mail, Kassab pede a 26 subprefeitos "ação" nos locais onde entrevistadores abordariam eleitores. À reportagem, o prefeito disse ter recebido informações de que pessoas ligadas ao PT estariam tumultuando os locais de pesquisa para prejudicar a administração atual, e nega as acusações.
Segundo ele, o e-mail era apenas um alerta aos subprefeitos. "Na qualidade de prefeito, eu tenho que zelar pela ordem da cidade de São Paulo. Se existem informações de que podem ter grupos partidários atuando para prejudicar o andamento do serviço público em função das pesquisas que eles têm conhecimento com antecedência, cabe ao poder público identificar se existe isso, para coibir, para apontar e para punir", explicou.
A informação incomodou a coordenação da campanha da petista Marta Suplicy, que a classificou de "argumento furado". O PSol já protocolou uma representação de abuso de poder contra Kassab, e a coordenação da campanha de Marta Suplicy (PT) irá pedir que a Justiça Eleitoral investigue se houve uso da máquina pública pelo prefeito de São Paulo.