postado em 02/08/2008 09:25
O semestre legislativo começou oficialmente ontem com articulações para possíveis mudanças na base governista. Dois deputados distritais têm conversado com o governador José Roberto Arruda (DEM) sobre se licenciarem do mandato para se transferirem para o governo. Eliana Pedrosa (DEM) pode voltar para a secretaria de Desenvolvimento Social e Paulo Roriz (DEM) aguarda nomeação para um cargo na área habitacional. Na próxima terça-feira, Arruda terá uma conversa definitiva com o secretário de Justiça e Cidadania, Raimundo Ribeiro, para acertarem a permanência ou o desligamento dele do Executivo.
Arruda disse ontem ao Correio que não tomou nenhuma decisão sobre esses parlamentares. ;Nada foi definido. Por enquanto, não haverá mudança alguma;, garantiu o governador. Integrantes do DEM, no entanto, contam que Eliana e Paulo Roriz trabalham para deixar a Câmara Legislativa na próxima semana. Eliana sabe que a área social será muito reforçada neste segundo semestre e disse a pessoas próximas que gostaria de participar do mérito e dos dividendos políticos dessas ações.
Por conta da prioridade nos programas para baixa renda, Arruda até mesmo cancelou o Governo nas Cidades, programa voltado a obras de infra-estrutura, que seria retomado na próxima sexta-feira. Ele vai andar pelo Distrito Federal, mas o enfoque da peregrinação será social, segundo contam assessores.
Eliana deixou o governo em junho em meio à crise na área de funerárias e cemitérios. A distrital se desligou da secretaria depois de ser convidada a prestar depoimento na CPI sobre o assunto. Mas sempre pretendeu voltar. Paulo Roriz, por sua vez, espera há quase um ano ser designado para um cargo na área habitacional. Arruda não abre mão de manter na presidência da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab) o arquiteto Luiz Antônio Reis. Mas a própria Câmara poderá criar por meio de um projeto de lei um novo órgão no setor, possivelmente uma secretaria, segundo contam pessoas próximas a Paulo Roriz.
EX-SECRETÁRIO CONDENADO
O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou o ex-secretário de Trabalho, Emprego e Renda do Distrito Federal Wigberto Ferreira Tartuce, outros três ex-dirigentes de órgãos distritais e a Cooperativa de Educadores e Profissionais em Formação, Qualificação e Requalificação (Copede) a pagarem aos cofres públicos R$ 2.459.048,55, em valor atualizado. Segundo o tribunal, todos são responsáveis pela não-realização dos cursos do Programa Nacional de Qualificação do Trabalhador (Planfor), apesar de ter havido o repasse de recursos pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).