Politica

Alckmin evita falar em punição a tucanos que apóiam Kassab

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postado em 04/08/2008 18:05
O candidato a prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), evitou nesta segunda-feira (4/08) posicionar-se sobre uma possível punição a tucanos engajados na campanha à reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM), como prevê o estatuto do partido. Alckmin negou comentar o encontro na última sexta-feira (1º) entre o prefeito esecretários, subprefeitos tucanos e assessores dos gabinetes. Segundo a reportagem, o prefeito pediu aos participantes, em sua maioria empregados do governo, que integrassem uma "corrente" pela reeleição. "Tenho certeza de que vamos vencer", disse o secretário de Educação, o tucano Alexandre Schneider, durante o evento, chamado de "Amigos de Kassab". Questionado se seria favorável à punição dos correligionários rebeldes, o candidato não quis comentar. "Eu não vou... Fique tranqüilo, o PSDB vai estar conosco." Alckmin disse ainda que não irá criticar ninguém durante a campanha, o que não ocorreu no debate da Band, na última quinta-feira (31/07). Seminário O ex-governador participou nesta segunda-feira de seminário com especialistas tucanos em segurança pública num prédio no centro da cidade. O objetivo é reunir idéias para o seu plano de governo. Entre os convidados, estava seu ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo Saulo de Castro Abreu Filho. O evento iniciou-se às 12h, sem a presença de Alckmin, que chegou meia hora depois. Após ouvir propostas, o tucano falou por cerca de 30 minutos. Ele enumerou futuras ações, caso eleito, para coibir a violência, entre elas, o monitoramento externo por câmaras de vídeo (classificou o número de 18 mil câmeras apresentado no encontro por um especialista como "cabalístico"), o trabalho integrado com as polícias Civil e Militar, o aumento dos pontos de iluminação da cidade e a abertura das escolas municipais aos finais de semana, com emprego de bolsistas, educadores e voluntários. Alckmin disse ainda que pretende criar a Secretaria de Segurança Pública e Cidadã como forma de integrar o trabalho das pastas existentes no combate à violência na cidade. Ele prometeu ainda aumentar o número de agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana) para até 10 mil integrantes, mas não soube dizer em que prazo. "A Guarda Civil Metropolitana vai ficar subordinada à Secretaria de Segurança Urbana e Cidadã, mas não é só cuidar da GCM. É muito mais. A proposta é nós trabalharmos a questão da violência. Ter uma cidade segura. Isso passa pelo Plano Diretor Estratégico. [...] É preciso compatibilizá-lo. Estimular moradia na regiões onde há mais infra-estrutura e urbanizar onde há falta", afirmou o candidato. O ex-governador prometeu ampliar o número de guardas civis metropolitanos, chegando a 10 mil agentes. Segundo a organização do evento, o contingente atual soma 6,5 mil profissionais. Questionado pela reportagem em quanto tempo atingiria a meta, respondeu: "Se possível, o mais rápido possível".

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