postado em 06/08/2008 15:33
O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, que até recentemente comandou as investigações da Operação Satiagraha, se recusou a responder ao primeiro questionamento do presidente da CPI dos Grampos, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), que perguntou o que ele sabia sobre suposta realização de interceptações telefônicas ilegais ou quebra ilegal de sigilo telefônico durante o inquérito. Protógenes, ao afirmar que não poderia dar uma resposta, disse que seu silêncio estava amparado pelo Código de Processo Penal, que desobriga testemunhas de falarem sobre assuntos que estejam sob sigilo de Justiça. Acrescentou que a questão das gravações de telefonemas está sob averiguação na 5ª Vara Criminal de São Paulo e consta de ação que tramita em outro foro da Justiça, também em São Paulo
A Operação Satiagraha estava sob comando de Protógenes quando agentes federais prenderam o sócio-fundador do Banco Opportunity Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito paulistano Celso Pitta, suspeitos de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, depois libertados pelo Supremo Tribunal Federal. O presidente da CPI insistiu em perguntar sobre interceptações telefônicas ilegais. Pediu que o delegado respondesse apenas com um "sim" ou um "não". Mais uma vez, Protógenes se recusou a falar, amparando-se novamente no sigilo de Justiça e alegando que, se falasse, estaria tratando de algo que foge à sua competência