postado em 06/08/2008 19:46
O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz negou em seu depoimento à CPI dos Grampos, nesta quarta-feira (6/08) na Câmara, que a PF tenha feito monitoramento no gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. "Não existe nenhuma gravação, nem imagem, nem foto de assessores do ministro Gilmar Mendes", afirmou.
Protógenes chefiou a Operação Satiagraha, da PF, na qual foram presos, entre outros, o sócio-fundador do Grupo Opportunity, Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito paulistano Celso Pitta, libertados por ordem de Gilmar Mendes. Ao comentar o assunto, o delegado federal afirmou que a decisão de Mendes "foi uma decisão de caráter técnico" e "não tem relação com nenhum fato da Operação Satiagraha.
O deputado Laerte Bessa (PMDB-DF) questionou se a versão de que teria havido monitoramento no escritório do chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, resultou na instalação de outro inquérito pela Polícia Federal. Protógenes respondeu afirmando que a Operação Satiagraha se desenrolou em três linhas de investigação e o único inquérito aberto depois está relacionado ao vazamento do conteúdo de gravações feitas pela PF. O delegado disse acreditar que, provavelmente, a versão de que teria havido monitoramento no gabinete de Carvalho será discutida no âmbito desse inquérito mais recente.