Politica

Amorim afirma que integração sul-americana é o principal desafio externo

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postado em 07/08/2008 15:27
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta quinta-feira (7/08) que a integração dos países da América do Sul é um dos desafios, a longo prazo, da política externa brasileira. Em entrevista concedida a emissoras de rádio nos estúdios da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o ministro disse que a participação do Brasil no cenário internacional cresceu muito nos últimos anos e que se afirmar como líder em um bloco na América do Sul poderia contribuir ainda mais com esse posicionamento. Na realidade, o Brasil tem um peso muito forte nas relações internacionais e esse peso cresceu, posso testemunhar. O Brasil tem hoje um peso muito maior. Agora, o fato de nós termos uma boa relação, o fato de nós trabalharmos de maneira integrada com a América do Sul, fortalece ainda mais essa posição no cenário internacional, disse. Amorim destacou que o comércio com os países do Mercosul já representa cerca de 13% do comércio externo brasileiro. O ministro ressaltou a importância da proposta de criação da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). Em maio desse ano, o projeto foi formalizado pelo governo brasileiro em conjunto com vários outros países da América do Sul. De acordo com Amorim, o acordo tem uma importância histórica, já que pela primeira vez envolveu todos os países que fazem parte do continente. Em 200 anos de vida independente dos países da América do Sul, esse é o primeiro tratado que reúne todos os países da América do Sul. Isso é uma coisa extraordinariamente importante, porque revela uma disposição de integração, destacou o ministro. Como parte do tratado, os governos estão articulando um Conselho Sul-Americano de Defesa. Amorim revelou que as articulações estão sendo conduzidas pela Presidência do Chile. A resistência criação do conselho, já manifestada pelo governo da Colômbia, na opinião de Amorim, já foi superada. A únicas objeções, ou reservas, vinham da Colômbia. No entanto, o próprio presidente Álvaro Uribe, na última visita do presidente Lula a Bogotá, disse que quer participar do Conselho de Defesa. Estamos em uma fase de estruturação, de saber exatamente como vai funcionar, adiantou o ministro.

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