postado em 10/08/2008 18:59
O ministro da Justiça, Tarso Genro, garantiu neste domingo (10/08) que o candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a prefeito do Rio é o petista Alessandro Molon, apesar de considerar Marcelo Crivella (PRB), Jandira Feghali (PCdoB) e Eduardo Paes (PMDB) aliados. "Precisamos entender as questões do Lula no Rio. Ele respeita seus aliados mas, se o presidente votasse na cidade, votaria no Molon", garantiu, ao lado do candidato petista - Tarso apóia Molon desde que era apenas pré-candidato e esteve hoje no Rio para uma caminha de campanha que foi cancelada em razão da chuva.
Tarso admitiu, porém, que Lula ainda não decidiu se vai aparecer no programa de TV de Molon para confirmar esse apoio. Além de Tarso, outros petistas ilustres, como os senadores Eduardo Suplicy (SP) e Marina Silva (AC), já gravaram para o programa do petista.
"O carioca sabe que Lula é PT e o PT é Lula. Quem apostar nesta separação vai se dar mal", provocou Molon, sem citar os nomes dos seus adversários que integram a base aliada. Tarso elogiou Molon. "Ele é a maior novidade desta eleição. É a chance de a cidade do Rio voltar a participar das questões políticas nacionais. Hoje, São Paulo e Belo Horizonte têm esse status. A prefeitura do Rio se isolou, não se comunica com as questões nacionais. Parece uma cidade acossada", disse.
Tripé
Tarso defende a força do tripé Rio, São Paulo, Belo Horizonte, numa espécie de releitura da política café com leite que marcou o revezamento do poder nacional executada na República Velha por paulistas e mineiros. "Seria um café com leite pós-moderno", afirmou.
Tarso passou mais um dia no Rio, com direito a almoço no restaurante Nova Capela, famoso pelo seu cabrito com arroz de brócolis, na Lapa, região boêmia da capital. Amanhã ele continua na cidade. Às 10h30, reúne-se com o presidente do TSE, ministro Ayres Brito, o presidente do TRE-RJ, Roberto Wider, e o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, para discutir a segurança nas eleições do Rio diante das acusações de que alguns candidatos não conseguem entrar em favelas dominadas por traficantes de drogas ou por milícias (quadrilhas de policiais).
Ele disse que o governo vai encaminhar ao Congresso um projeto de lei sobre os bandos de milicianos que controlam algumas favelas. "Vamos deixar de forma mais clara a caracterização penal das milícias nestas novas formas de atuação, como a eleitoral", explicou.