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CPI visita Cemitério do Gama após dois meses e encontra irregularidades

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Após quase dois meses da intervenção do Cemitério do Gama proposta pelo Governo do Distrito Federal (GDF), a CPI dos Cemitérios da Câmara Legislativa visitou novamente o local nesta segunda-feira (11/08). O cemitério foi interditado no dia 16 de junho após a CPI encontrar restos de caixões e ossadas em uma área supostamente utilizada para enterro clandestino. De acordo com o presidente da comissão, o deputado distrital Rogério Ulysses (PSB), houve melhorias na manutenção do local e no atendimento à população. Entretanto, a sinalização e a segurança continuam ruins e a área que foi descoberta como cemitério clandestino se mantém isolada. "O melhor seria romper o contrato e criar um novo modelo de gestão, mas enquanto não se faz isso, tem que haver uma intervenção mais rígida", defende o distrital. A empresa Campo da Esperança Serviços Ltda. é a responsável pela administração dos seis cemitérios do Distrito Federal, inclusive o do Gama, desde 2002. Esta foi a primeira ação prática da CPI dos Cemitérios após o recesso parlamentar de julho. O momento agora, na opinião de Rogério Ulysses, é de concluir o relatório final da comissão. "Já descobrimos tudo, temos elementos suficientes para oferecer resultados práticos, indiciar pessoas, propor legislação e, assim, finalizar o trabalho", diz Ulysses. "Não tem coisa nova, estamos patinando no que já descobrimos e, se demorar muito, podemos passar uma imagem de ineficácia", completa.