postado em 11/08/2008 18:27
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) divulgou comunicado em que rebate acusações feitas pela revista Veja em reportagem publicada na edição desta semana. Na matéria, Veja sugere que a Abin tenha executado ações irregulares dentro do Palácio do Planalto durante investigação na Operação Satiagraha. Em nota, a Abin considerou ;absurdas; as especulações acerca de ; ;escutas;, de qualquer natureza, que tenham sido executadas em instalações da Presidência da República, ou no Supremo Tribunal Federal;. A agência reafirmou, ainda, que ;não realiza e não realizou monitoramento de comunicações, em qualquer lugar público ou privado;.
Entre as acusações, a revista destaca que o diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, ;era informado de todos os passos da operação; na própria sede da agência de investigação. Segundo a Abin, tal afirmação não procede e caracteriza prática de "jornalismo irresponsável" por parte da publicação da editora Abril.
Destacando suas funções, a agência brasileira afirmou que a eventual participação de funcionários de outros órgãos em serviços específicos -- quando solicitado por autoridade competente -- é prática regular de cooperação observada em diversas operações policiais. A agência destacou ainda que, nestes casos, as ações restringem-se ao âmbito de atividades que não sejam vedadas ao setor.
Em depoimento à CPI dos Grampos, na última semana, o delegado Protógenes Queiroz, que chefiou a Operação Satiagraha, afirmou que a Abin participou apenas informalmente das investigações. Segundo o delegado, alguns agentes da instituição teriam prestado serviço de ;troca de dados, como cadastros e endereços" de pessoas sob suspeita. Protógenes, no entanto, negou que os agentes tenham tido acesso a informações resultantes de gravações de conversas telefônicas.