postado em 12/08/2008 15:46
O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, presta depoimento na Superintendência da Polícia Federal em Brasília na tarde desta terça-feira (12/08). Ao chegar à PF, Paulinho disse estar tranqüilo.
O delegado Rodrigo Levin afirmou que deve preparar um relatório sobre o depoimento do deputado. Levin disse que não deve indiciar o deputado nesta terça. "Pelo foro privilegiado, não vou indiciar. Pelo entendimento do Supremo Tribunal Federal, é que a gente não pode indiciar", disse Levin ao chegar à PF.
O depoimento do deputado está sendo tomado em Brasília a pedido do próprio Paulinho, que tem direito a escolher dia, horário e local para prestar esclarecimentos à PF. O deputado está acompanhado do advogado Antonio Rosella.
Paulinho é acusado de envolvimento no suposto desvio de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Ele também é alvo de processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara. As denúncias contra Paulinho surgiram a partir das investigações da Operação Santa Tereza, da Polícia Federal.
Gravações telefônicas associariam o deputado federal ao esquema de irregularidades. A escuta feita com ordem judicial na Operação Santa Tereza indicou que João Pedro de Moura, preso em abril, tratou com representantes do Ministério dos Esportes em nome de Paulinho.
Ao apresentar sua defesa ao Conselho de Ética no início de julho, Paulinho negou que tenham ocorrido fraudes no BNDES e disse ser "impossível ter fraudes no BNDES".
Paulinho também negou que João Pedro de Moura -- que foi flagrado por câmeras da Polícia Federal 39 vezes na área dos gabinetes da Câmara -- seja seu assessor parlamentar. Segundo ele, Moura presta serviços a uma empresa que tem contratos com a Força Sindical.