postado em 13/08/2008 10:27
Brasília - Em duas votações, os deputados aprovaram, na noite desta terça-feira (12/08), a criação de mais 3.090 cargos no Executivo. As novas contratações empurram para dentro da folha salarial do governo uma despesa extra de mais de R$ 200 milhões.
Na primeira votação, a Câmara aprovou o projeto de lei número 3452. Cria uma carreira nova de servidores: analista técnico de assistência social. Prevê a contratação, via concurso público, de 2.400 pessoas. A maioria será acomodada no ministério do Desenvolvimento Social, chefiado por Patrus Ananias.
O salário mensal não é ruim: de R$ 3 mil a R$ 10 mil, mais gratificações. A Despesa total é estimada em R$ 160 milhões.
O mesmo projeto abriu 250 vagas novas na Susep (Superintendência de Seguro Privado) 200 "analistas técnicos" e 50 "agentes executivos." Custo: R$ 30,8 milhões.
Na segunda votação, os deputados aprovaram a medida provisória 434. Foi editada por Lula a pretexto de instituir um plano de carreiras para a Abin.
De quebra, abriram-se na Agência Brasileira de Inteligência 440 empregos novos 240 "oficiais técnicos" e 200 "agentes técnicos".
O contracheque dos "oficiais" terá valor inicial de R$ 6.670. No final da carreira, vai a R$ 9.250.
Os "agentes" terão salário inicial de R$ 2.948 e final de R$ 4.087. As contratações serão feitas, também nesses casos, por concurso público.
Na Abin, as despesas extras serão tonificadas por reajustes salariais proporcionados pelo novo plano de carreira. Coisa retroativa a abril. Custos por estimar.
O projeto e a medida provisória seguem agora para o Senado. São grandes, muito grandes, enormes as chances de aprovação.
Na fase de discussão que precedeu as votações, o deputado Mendes Thame (PSDB-SP) divulgou dados colecionados pela assessoria técnica do tucanato.
Disse que, sob Lula, já foram criados notáveis 57.340 novos cargos públicos. Somando-se os empregos abertos nesta terça, chega-se a 60.430.