Politica

Dantas diz que Telecom Itália articulou operação para abafar investigações da Kroll

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postado em 13/08/2008 16:19
O banqueiro Daniel Dantas disse há pouco aos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas que atribui a abertura de investigação da Operação Chacal, da Polícia Federal, em outubro de 2004, a uma articulação feita pela Telecom Itália, com o objetivo de abafar e impedir as investigações em relação empresa Kroll. A Telecom Itália articulou para que a operação da Kroll não prosseguisse. O objetivo era suspender, parar com a investigação disse Dantas que, apesar de ter conseguido habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF), permitindo que ficasse calado, tem respondido s perguntas dos parlamentares. Daniel Dantas disse que a Telecom Itália teria distribuído 25 milhões de euros de propina no Brasil e que a investigação da Kroll teria o objetivo de identificar para quem teria ido o dinheiro. Na abertura dos trabalhos da CPI, Daniel Dantas abriu mão de fazer uma exposição inicial e colocou-se disposição dos deputados para responder aos questionamentos. Dantas disse que é réu em três ações: uma, por ter contratado a empresa Kroll com o objetivo de espionar autoridades do governo e empresários; outra acusado de contratar escutas telefônicas clandestinas; e a terceira, refere-se Operação Satiagraha, da Polícia Federal, na qual ele é acusado de crimes financeiros, corrupção e formação de quadrilha. Daniel Dantas negou que tenha sido o mandante dos grampos telefônicos de adversários empresariais. De acordo com Dantas, a Telecom Itália foi quem contratou a empresa de investigação Kroll. "A Brasil Telecom [ época controlada pela Telecom Itália, entre outros sócios] contratou a Kroll por ser a mais requisitada da rea", disse Dantas. Ele negou que tenha havido grampos telefônicos. Ele afirmou que, no processo que corre na Justiça Federal sobre o caso, não há referências a grampos telefônicos.

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