Politica

Chinaglia pede demissão de Dunga, mas Garibaldi quer "segunda chance"

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postado em 19/08/2008 17:15
A derrota da seleção olímpica de futebol no jogo desta terça-feira (19/08) contra a Argentina, por 3 a 0, divide os parlamentares sobre a permanência do técnico Dunga no comando dos jogadores brasileiros. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), defende que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) substitua o treinador depois do fraco desempenho da seleção olímpica, enquanto o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), avalia que Dunga merece uma "segunda chance". "Ele [Dunga] já devia ter caído. Falar da queda do Dunga depois da derrota para a Argentina é fácil. Eu já achava antes desses episódios que o Dunga era um técnico que precisava melhorar muito o seu desempenho", afirmou Chinaglia. No seu tradicional otimismo, Garibaldi disse acreditar que Dunga terá chances de melhorar o desempenho da seleção brasileira se permanecer no cargo --mesmo com a eliminação do time para disputar o ouro olímpico. "Eu concordo em muitas coisas com o deputado Chinaglia, mas não nesse caso. Eu acho que se deve dar outra chance ao Dunga de continuar na seleção. Não foi um fracasso total, foi uma derrota para a Argentina", disse. Segundo Garibaldi, os argentinos são "adversários de peso" que tradicionalmente imputam derrotas ao Brasil. "Se tivesse perdido para um adversário menor, aí sim [o Dunga deveria sair]." Corredores vazios O jogo da seleção brasileira esvaziou os corredores da Câmara esta manhã. A tradicional reunião de Chinaglia com os líderes partidários acabou adiada para o final da tarde, uma vez que poucos parlamentares retornaram a Brasília durante o jogo. O próprio presidente da Câmara chegou ao Legislativo somente no início da tarde, sem revelar se assistiu integralmente à partida. No Senado, que vive um "recesso branco" esta semana em conseqüência das eleições municipais de outubro, Garibaldi foi um dos únicos parlamentares a marcar presença na Casa. Com audiência marcada com o juiz espanhol Baltazar Garzón no final da manhã, em seu gabinete, o presidente do Senado foi obrigado a dar início à sua agenda de trabalhos durante a partida.

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