Politica

Filho de vereador é acusado de chefiar milícia que matou sete moradores de favela no Rio

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postado em 20/08/2008 23:25
Milicianos seriam os autores dos sete assassinatos ocorridos na favela do Barbante, na zona oeste do Rio, na madrugada desta quarta-feira (20/08), segundo investigações da Polícia Civil. As duas mulheres e os cinco homens mortos - todos moradores da comunidade - não tinham antecedentes criminais. Um dos mandantes, informou o delegado de Campo Grande, Marcus Neves, seria Luciano Guimarães, filho do vereador Jerônimo Guimarães (PMDB), o Jerominho. De acordo com Neves, a intenção do grupo, ao se passar por traficantes, era mostrar à comunidade a necessidade da atuação da milícia na região. A Polícia Civil já identificou dez suspeitos de terem participado do crime. "A linha de investigação do inquérito policial aponta para a participação de milicianos que atuam na zona oeste da cidade na morte dos sete moradores da comunidade do Barbante. Eles agiram com a intenção de botar a culpa em traficantes, para fazer com que os moradores acreditassem que a presença de milicianos é imprescindível para que o tráfico de drogas não ocupe a região." Luciano Guimarães estaria chefiando a milícia conhecida como Liga da Justiça no lugar de seu pai, o vereador Jerominho, e seu tio, o ex-deputado Natalino Guimarães, atualmente sem partido, que estão presos. O delegado explica que a milícia faz diligências esporádicas na favela, já que a presença da polícia é constante. Policiais militares ocupam a comunidade desde a madrugada de hoje, quando chegaram denúncias a respeito de disparos. Dois corpos foram encontrados por eles ainda de madrugada, e mais dois durante manhã de hoje. O Regimento de Polícia Montada trabalhava com a hipótese de que traficantes teriam aproveitado o enfraquecimento dos milicianos para tentar invadir a favela. A comunidade , segundo a Polícia Civil, pode ainda ser invadida por traficantes.

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