Politica

No rádio, Alckmin poupa Marta e critica gestão Kassab

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postado em 22/08/2008 09:56
O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, criticou falhas no atendimento médico da cidade nesta sexta-feira (22/08). Em seu programa eleitoral de rádio, o tucano afirmou que os paulistanos "sofrem com o atendimento médico" e que a Prefeitura precisa "resolver de uma vez por todas como dar rapidez à marcação de exames". Mesmo sem citar diretamente o prefeito e seu adversário na disputa, Gilberto Kassab (DEM), as críticas se dirigiram à atual gestão. Alckmin não fez nenhuma referência a Marta Suplicy, candidata do PT e ex-prefeita, nem a governos anteriores. O tucano apontou ainda problemas e soluções para o trânsito e tratou da geração de empregos para jovens. E voltou a colar sua imagem à do ex-governador Mário Covas. Já o alvo de Kassab no horário eleitoral continuou sendo Marta. O candidato do DEM se colocou como o prefeito que mais fez na área da saúde e afirmou que a petista nada fez quando esteve no comando da Prefeitura. Kassab disse que acabou "com a falta de remédios", construiu dois hospitais porque "antes a Prefeitura não entregava nada", ressaltou como avanço a gestão da iniciativa privada nos hospitais públicos, voltou a assumir a paternidade das AMAs (Atendimento Médico Ambulatorial) e também falou do Programa Mãe Paulistana, voltado para gestantes. Desta vez, Kassab não citou o atual governador de São Paulo, José Serra (PSDB). O foco do programa de Marta foi a educação, dizendo que "é um problema crônico da cidade". Em ataque direto à gestão Kassab-Serra, a petista afirmou: "Faltam vagas nas creches. Muita coisa que fiz foi piorada". Ela disse ainda que vai construir mais Centros Educacionais Unificados (CEUs) - marca da sua administração quando prefeita da cidade - e que foi quem mais fez pelos que mais precisam. O programa tratou apenas da zona leste da capital paulista. Marta prometeu ainda construir mais três hospitais e ampliar o Programa Saúde da Família. Paulo Maluf (PP) atacou Alckmin, Marta e Kassab e disse que "gastou menos e fez muito mais" do que eles. Ciro Moura (PTC) apresentou a proposta Plus (Plano de Saúde Livre Escolha), segundo a qual consultas são feitas em consultórios privados e quem paga a conta é a Prefeitura. Soninha Francine (PPS) defendeu o "repovoamento do Centro" com todas as classes sociais. Renato Reichmann (PMN) propôs confecção de uniformes nos bairros em que se localizam as escolas. Ivan Valente (PSOL) ganhou o apoio de Plínio Arruda Sampaio no seu programa. Edmilson Costa (PCB) disse que continuará trabalhando como professor durante a campanha e questionou o que fazem os outros candidatos. Levy Fidélix (PRTB) voltou a falar do Aerotrem, e Anaí Caproni (PCO) atacou novamente os "capitalistas". Justiça Eleitoral Alckmin entrou ontem na Justiça Eleitoral, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, com uma representação contra Kassab, a quem acusa de invadir o horário gratuito destinado a vereadores. A ação acirrou a disputa entre tucanos e kassabistas. Integrantes da campanha do prefeito ficaram revoltados, também, com declarações de Alckmin contra a administração municipal. A ação da coligação do PSDB foi protocolada na 1.ª Zona Eleitoral da capital com pedido de liminar para imediata supressão de jingle de Kassab no horário reservado aos vereadores. A liminar foi negada.

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