O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), afirmou nesta segunda-feira (25/08) que o seu partido deve se manter na base aliada ao governo federal nas eleições de 2010.
"Se [o PMDB] tivesse um grande nome deveria entrar na briga, mas não tem. Se o PT ouvir os aliados sobre quem pode ser o candidato, a tendência é o PMDB se manter na base." Garibaldi citou o nome do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), como um bom nome do partido, mas afirmou que ele não tem "densidade eleitoral".
O peemedebista ainda comentou sobre as recentes denúncias contra o secretário de Assuntos Internacionais do PT, Romênio Pereira, que está sendo investigado pela Polícia Federal. Ele foi flagrado em conversas e encontros suspeitos com lobista preso na Operação João de Barro, deflagrada em junho pela PF.
"Antes, uma denúncia contra o PT era de se estranhar. Depois do mensalão, não há mais estranheza. O PT, infelizmente, manchou sua história." Garibaldi disse que se os órgãos competentes não tomarem as devidas providências, o Congresso deve fazer.
Pelo parecer da Procuradoria Geral da República, os diálogos sugerem que o petista proporcionaria ao lobista "os contatos necessários para viabilizar as fraudes investigadas". São apuradas obras em 119 cidades orçadas em R$ 700 milhões. Pereira anunciou, em nota, que pediu uma licença do cargo de 60 dias para se defender das acusações.