Politica

Exército vai comandar coalização de forças nas eleições do Rio, diz TSE

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postado em 25/08/2008 19:42
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Carlos Ayres Britto, disse nesta segunda-feira (25/08) que caberá ao Ministério da Defesa definir detalhes sobre a participação das tropas federais no reforço da segurança nas eleições no Rio de Janeiro. Britto evitou comentar as declarações do ministro Nelson Jobim (Defesa) de que os militares não vão "ciceronear" candidatos no Estado, mas apenas levar "tranqüilidade" ao processo eleitoral. "Essa parte operacional é mais do Ministério da Defesa. É o Exército que vai comandar essa coalizão de forças, não sei exatamente quais são as estratégias. O Exército tem as suas estratégias, nossa parte é jurídica", afirmou. Britto deve se reunir esta semana com Jobim para definir a participação das forças federais nas eleições do Rio. O presidente do TSE disse que está "à disposição" do ministro da Defesa "no dia que ele quiser" para discutir a operacionalização do envio de homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança para a capital fluminense. O presidente do TSE disse que é prerrogativa do tribunal decidir sobre o reforço na segurança de Estados onde as eleições são ameaçadas por ações de violência. "É dever do TSE requisitar forças federais se a situação configurar irregularidade grave do processo eleitoral", disse. Jobim afirmou nesta segunda-feira (25/08) que o principal objetivo do envio das tropas ao Rio é assegurar aos eleitores a liberdade de escolha de seus candidatos, por isso os militares não vão "ciceronear" políticos em campanhas na capital fluminense. "O que nós queremos assegurar não é o candidato, mas a manifestação do eleitor, assegurar que a vontade do eleitor não seja condicionada", afirmou o ministro. O número de homens que vão atuar na segurança das eleições no Rio, segundo Jobim, depende do mapeamento das áreas consideradas mais vulneráveis. A data para o envio das tropas também não foi definida, mas Jobim acrescentou que deve ser "o quanto antes possível". "O que se quer é uma operação para assegurar o procedimento eleitoral, ou seja, antes da eleição", disse o ministro. *Pedido* Na semana passada, Ayres Britto encaminhou ofício para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o pedido para o reforço da segurança nas eleições do Rio. De acordo com o presidente do TSE, a presença das tropas federais que atuarão no Rio poderá ser ampliada para todas as zonas eleitorais e, não apenas nas áreas em que milícias e traficantes têm influência. O ministro Tarso Genro (Justiça) disse que as Forças Armadas terão uma presença preventiva e não um papel de segurança pública nas ruas durante as eleições no Rio. "Será uma presença preventiva para causar uma sensação de segurança e dar tranqüilidade à população. Elas precisam saber que estão abrigadas para transitar livremente nas eleições", afirmou na última quinta-feira.

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