Politica

Candidato assassinado em Águas Lindas, pode ter sido morto por engano

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postado em 25/08/2008 21:14
A prisão de um dos suspeitos de ter matado o candidato a vereador de Águas Lindas, José Venceslau da Costa (PP), e a proximidade de deter o segundo acusado pelo crime, reforçam a tese de que a morte do candidato pode ter ocorrido por engano. O alvo dos tiros, neste caso, teria sido o ex-vereador e cabo eleitoral Francisco de Souza, conhecido como "Ceará", o qual se envolveu em uma briga cerca de 40 minutos antes do assassinato. Segundo Francisco, um homem - Edivam, conhecido como "Boca"- teria tentado agredir sua vizinha momentos antes do início do comício. "Aconteceu de um cidadão querer tomar a bandeira de uma vizinha que eu levei para o comício. Depois ele xingou e falou que iria tomar a bandeira e bater na cara dela. Eu como cidadão e como homem não ia deixar ele bater na mulher. Empurrei ele duas vezes e, na última, ele caiu, e simplesmente saiu e não falou nada", afirma Francisco, que é fisicamente muito parecido com o então candidato Venceslau.
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Para vingar o amigo Edivam, o segundo acusado pelo crime - identificado como Tião - teria atirado em Venceslau durante o comício pensando que se tratava de Ceará. Edivam, foi preso no último sábado (23/08), já Tião permanece foragido. Oito equipes da Polícia Civil foram deslocadas para a busca do segundo acusado, havendo indicações de que ele possa ter fugido para a Bahia. Ceará, por sua vez, afirma estar com medo de ameças." Já falaram para o meu amigo, para o meu vereador, que davam apenas uma semana para ele calar a boca e abandonar a campanha.Na minha concepção tenho quase certeza que tem política no meio deste crime", revela. Mesmo com o desenrolar dos fatos, a delegada titular do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) que preside o inquérito, Ana Cristina Hasegaw, mantém a cautela e pretende ouvir novamente algumas testemunhas. De acordo com a polícia, apesar do fortalecimento da tese de uma possível morte por engano, a crime ainda apresenta algumas lacunas. Uma delas é o fato da família de Tião afirmar que o envolvido na briga com Ceará seria o próprio parente e não Edivam. O que, analisado como o depoimento da família do foragido, não faria sentido. Outra possibilidade é o crime constituir um acerto de contas com o então candidato Venceslau, já que um de seus filhos teria antigo envolvimento com tráfico de drogas na região. A família do candidato morto na última semana - a viúva e quatro filhos - permanecem na casa de familiares.

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