postado em 26/08/2008 10:03
A candidata do PT à Prefeitura de Curitiba, Gleisi Hoffmann, está usando em sua campanha figuras conhecidas do partido para tentar reverter a distância em relação ao principal adversário, o candidato do PSDB e atual prefeito, Beto Richa. Na última pesquisa do Datafolha, ela aparece com 15% contra 71% do tucano.
Já estiveram na cidade para apoiar Gleisi - mulher do ministro Paulo Bernardo (Planejamento) - a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que ainda pode ser vista em pronunciamentos no horário eleitoral, e o senador Eduardo Suplicy (SP). O próximo será o ministro Tarso Genro (Justiça), que vai a Curitiba em 1° de setembro.
O PT tenta uma brecha na agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ele também viaje a Curitiba.
Questionado até que ponto representantes nacionais podem ajudar na busca por votos, o coordenador da campanha da petista, André Passos, afirma que "independentemente de atrair votos ou não, é [para] dizer que a gente está integrado" ao governo Lula e mostrar que Gleisi, como prefeito, "tem as portas abertas" em Brasília.
"O Tarso foi o cara que conseguiu com medidas de cidadania, não só de repressão, mudar a cara de várias áreas do país. A Lei Seca é um exemplo. E a Gleisi quer aplicar essa visão de governo para Curitiba.".
O PT também quer questionar a falta de diálogo entre Richa e o governador Roberto Requião (PMDB) - rompidos desde a eleição ao governo do Paraná, em 2006 -, tentando mostrar que a cidade perde obras com isso. Mas o PT não quer, no entanto, atingir Requião, considerado aliado de Lula e do partido, que tem cargos no primeiro escalão do peemedebista.