Politica

Propaganda eleitoral custa R$ 242 milhões aos cofres públicos, diz estudo

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postado em 27/08/2008 19:26
O programa eleitoral gratuito deste ano vai custar aos cofres públicos cerca de R$ 242 milhões, segundo levantamento da organização Contas Abertas. Esse é o valor que a Receita Federal deixará de arrecadar em razão da isenção fiscal concedida às emissoras de rádio e televisão para transmitirem a propaganda partidária, que não é paga nem pelos candidatos, nem pelos partidos políticos. Essa isenção busca compensar as perdas das emissoras, que deixam de receber dos anunciantes durante os 30 minutos diários da propaganda. Nos últimos sete anos, a perda de arrecadação chegou a quase R$ 2,1 bilhões, em valores atualizados. É que mesmo quando não há eleições, a isenção tributária continua em vigor para compensar as propagandas institucionais das legendas. Só no ano passado --ano sem eleições--, a perda de arrecadação foi de R$ 513,7 milhões, a maior desde 2002, ainda segundo a entidade. O horário eleitoral ficou na 14¦ posição no ranking de perdas de arrecadação em 2007. Os anúncios no rádio e na televisão renderam até agosto deste ano R$ 6 bilhões às empresas, o que significa que a isenção fiscal do horário eleitoral corresponde a 4% desse faturamento. No ano passado, em valores atualizados, as emissoras de televisão e rádio receberam juntas quase R$ 13,1 bilhões somente com publicidade, ,segundo estudo Intermeios, divulgado pela "Meio e Mensagem", publicação especializada no setor de mídia. A campanha eleitoral dos candidatos a prefeito vai ao ar às segundas, quartas e sextas. Já quem pretende se eleger vereador, as inserções acontecem às terças, quintas e sábados. Os programas vão ser veiculados até o dia 2 de outubro, três dias antes do primeiro turno.

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