postado em 28/08/2008 08:29
Embora com candidaturas próprias, PT e PMDB adotaram a mesma estratégia para tentar subir nas pesquisas de opinião em Curitiba: atacar o candidato do PSDB e atual prefeito, Beto Richa, que lidera as pesquisa, criticando os gastos em publicidade feitos em sua gestão.
O PT fala em "gastos milionários". O partido usou parte do espaço destinado anteontem aos candidatos a vereador para afirmar que eventual gestão de Gleisi Hoffmann cortará a verba da publicidade para priorizar obras sociais.
Já o PMDB, no tempo reservado ao candidato a prefeito Carlos Moreira na segunda-feira, disse que Richa gasta R$ 24 milhões ao ano em propaganda.
A assessoria da prefeitura disse que o gasto em publicidade ficou na média dos R$ 9 milhões nos últimos quatro anos. Não estão incluídos valores com publicidade legal (editais), educacional e de divulgação de eventos oficiais, como confecção de panfletos para provas esportivas, pois a prefeitura os considera fora do contexto da política oficial de propaganda veiculada nos órgão de comunicação (jornais, rádios, TV).
No orçamento da Secretaria de Comunicação Social de 2008, disponível para consulta no site oficial da Prefeitura de Curitiba, o valor destinado à pasta é de R$ 14,02 milhões, quantia 48% maior que os R$ 9,4 milhões registrados no orçamento da mesma secretaria em 2005, primeiro ano de Richa à frente da prefeitura.
As denúncias dos partidos de oposição a Richa surgem após a divulgação da pesquisa do Datafolha, que aponta a manutenção de ampla liderança do tucano --71% das intenções de voto, contra 15% da petista Gleisi e 1% do peemedebista Moreira.
O tom adotado nos programas eleitorais é bem diferente do observado na primeira semana da campanha televisiva.
O coordenador da campanha de Richa, Nelson Biondi, afirmou que as acusações de "gastos milionários são infundadas". "Parece que tem acordo entre os dois partidos para bater ao mesmo tempo", afirmou.