postado em 28/08/2008 16:51
Mesmo sendo um dos principais motivos de discórdia na campanha do tucano Geraldo Alckmin para a Prefeitura de São Paulo, o governador José Serra (PSDB) mereceu a defesa do candidato nesta quinta-feira (28/08). Isso porque o senador Romeu Tuma (PTB), cujo partido integra a chapa de Alckmin, criticou a ausência do governador na campanha.
O PTB tem o vice na coligação com os tucanos --Campos Machado-- e tem levado mais militantes para participar da campanha de Alckmin nas ruas do que o próprio PSDB. A falta de engajamento do partido deixou Tuma descontente. "Sinto amargura de não ver o governador [Serra] caminhando com a gente", afirmou o senador durante corpo-a-corpo de campanha com Alckmin na rua 25 de março, na região central da cidade.
Mais cedo, Alckmin já havia afirmado que as declarações de Tuma partiram de uma "má interpretação" do petebista. "Acho que ele não foi justo com o Serra. O governador tem ajudado na campanha, essa coisa de andar na rua, ele vai andar. A eleição é só no dia 5 de outubro", afirmou Alckmin, sinalizando com a adesão de Serra à campanha ainda no primeiro turno.
Logo após cumprir sua agenda de campanha pela manhã, Alckmin participou de um almoço com Tuma, onde tratou do assunto. "Falei para o Tuma que há um desencontro de informação, o Serra tá participando [da campanha]. [...]Tá resolvido, ele [Tuma] já entendeu que foi um equívoco da parte dele", disse Alckmin.
Apesar de ter baixado o tom das críticas, o senador manteve o discurso de descontentamento com a postura de Serra nestas eleições. "Ele [Serra] tem que de vez em quando dar uma voltinha com a gente, comer um pastel na feira, tomar um caldo de cana", afirmou Tuma.
O governador evita falar sobre o assunto. Publicamente, sua participação na campanha tucana se resumiu a uma aparição no horário eleitoral de TV de Alckmin. O vídeo, inclusive, está em destaque no site de campanha de Alckmin.
Antes da convenção do PSDB que oficializou a candidatura de Alckmin, Serra foi um dos defensores do apoio do partido à reeleição de Gilberto Kassab (DEM), vice do atual governador quando este foi prefeito.