Politica

Raul Filho nega ter favorecido empresas em licitação

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postado em 31/08/2008 09:44
Licenciado do cargo de prefeito de Palmas desde 10 de julho para concorrer à reeleição, Raul Filho (PT) afirmou, com relação às acusações feitas pela Polícia Federal, que ;o aparelho de ginástica foi comprado por mim, através de Horácio César, que é filho de uma grande amiga e é, ele próprio, um grande amigo há 20 anos;. ;Horácio mudou-se para Goiânia há seis ou sete anos, e desde então tem sido de grande ajuda para mim e a minha família quando preciso de compras e pequenos serviços a serem realizados naquela cidade;, disse, por e-mail, Raul Filho, que ressalta ;estar absolutamente tranqüilo sobre os fatos ainda mal-apurados;. O prefeito nega ter atuado para favorecer o consórcio, demovendo as resistências da comissão de licitação. ;Jamais faria algum tipo de ação para facilitar um ato assim;, declarou. Sem precisar data, Raul Filho admitiu ter recebido o lobista João Carlos de Carvalho, que se ofereceu, disse, para ajudar na captação de recursos federais. ;Recusamos prontamente a oferta;, disse Raul, ao destacar que a prefeitura tem parcerias diretas com o governo Lula, por meio de ministros. O prefeito licenciado também afirmou que recebeu o lobista Eduardo Byrro, que ;se apresentou como representante do consórcio que havia ganhado uma licitação em nossa cidade;. ;Só depois que viemos saber de quem se tratava;, alegou. ;E desconheço qualquer contato de funcionários da prefeitura para prestar informações privilegiadas ao grupo;, destacou. Horácio, João Carlos e Eduardo Byrro foram presos na Operação João de Barro da PF, em 20 de junho. Houve ainda busca e apreensão na casa do prefeito e na prefeitura. Raul Filho também nega ter recebido R$ 200 mil do grupo, segundo conversa entre Eduardo Byrro e João Carlos. ;Isso não é verdade. Nunca recebi nem me beneficiei de um centavo de dinheiro público ou de origem duvidosa em toda minha vida;, disse. Indiciamentos Questionado sobre os indiciamentos, o prefeito disse que tem ;pouco conhecimento; sobre a apuração. ;Estou no desejo (sic) de um desfecho rápido das investigações para que não paire dúvida sobre meu comportamento e a minha dignidade;, declarou. Escalado para falar pela prefeitura, o procurador-geral do município, Antonio Luiz Coelho, disse que desconhece as informações de que a PF apontou a participação de funcionários em suspeitas de fraudes. Antonio Luiz negou ter havido irregularidades. ;O processo licitatório foi lícito e o consórcio vencedor ofereceu uma proposta R$ 2 milhões menor que a concorrente;, afirmou. Para ele, não há motivo, mesmo com as investigações da PF, de paralisar a disputa. Foram contactados, mas não retornaram os chamados da reportagem, os advogados de João Carlos de Carvalho, de Mayfran Azevedo Rocha, e do empresário Eduardo Luiz Magalhães Guatimosim. Procurados desde sexta-feira, não foram localizados Horácio César, Eduardo Byrro e Gustavo Jaime Perpétuo Coelho. Leia mais na edição impressa do Correio Braziliense.

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