Politica

Maioria dos concorrentes a prefeito no Entorno tem diploma universitário

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postado em 31/08/2008 09:58
Os candidatos às eleições de outubro no Entorno são, em geral, homens de meia-idade, com bom nível escolar e que ganham a vida como microempresários. É o que revela a radiografia dos concorrentes a prefeito nos 22 municípios (19 em Goiás e três em Minas Gerais) vizinhos à capital federal. O mapeamento feito pela reportagem do Correio se baseou em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo as informações, dos 81 que disputam uma vaga como chefe do Executivo nessas cidades, 39 têm diploma universitário e outros 16 terminaram o ensino médio. Realidade em todo o país, a baixa participação feminina na política se repete no Entorno, onde a presença masculina na corrida eleitoral é maciça. Ao todo, apenas sete mulheres tentam ser prefeitas nessa região. Por outro lado, há 74 homens que desejam ocupar a cadeira do Poder Executivo. Os números também mostram que os mais jovens são minoria. Entre os 81 candidatos, apenas seis têm idade entre 25 e 34 anos ; o que representa somente 7,4% do total. Abimael Rodrigues da Silva (PSol) é um dos poucos representantes jovens da campanha no Entorno. Aos 27 anos, o eletricista é o mais novo entre os candidatos a prefeito da região. Nas eleições municipais de outubro, ele vai tentar se eleger em Planaltina de Goiás. O concorrente tem explorado as características da faixa etária que ocupa como plataforma política. A chapa do partido está toda composta por pessoas que nunca tinham se candidatado a nenhum cargo eletivo. ;Essa foi uma condição imposta na hora em que escolhemos o grupo. Isso porque queremos dar um ar de renovação na disputa;, justificou Abimael da Silva. Outra característica da chapa que vai enfrentar cinco adversários na corrida pela prefeitura é o gosto pelos esportes. Todos os representantes do PSol nas eleições de Planaltina praticam algum tipo de atividade. O candidato a prefeito, por exemplo, anda de skate e é adepto do mountain biking. Entre os concorrentes à Câmara Municipal tem ainda quem se dedique ao basquete e até ao teatro. ;Foi a forma que encontramos de dar uma identidade à nossa candidatura;, acredita o candidato do PSol. Na opinião de especialistas ouvidos pelo Correio, o grau de escolaridade dos candidatos ; apesar de melhorar o nível da campanha e até poder contribuir para uma gestão mais eficiente ; não é determinante para o sucesso ou o fracasso de uma campanha. Os eleitores, na maior parte das vezes, não estão preocupados com a formação acadêmica dos candidatos e levam mais em conta características como os laços de amizade com o político e a própria história do concorrente com o município. ;O nível de escolaridade não é de grande relevância na corrida por votos, mas o vínculo do candidato com a população nesses municípios pode definir uma eleição;, acredita o cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília. Leia mais na edição impressa do Correio Braziliense.

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