postado em 02/09/2008 16:24
Em suas considerações inicias na CPI do Grampos, sobre as denúncias de escuta ilegal no Legislativo e no Judiciário, o general Jorge Félix, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República disse que efetivamente o que foi confirmado na denúncia foi que houve a conversa entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), cuja transcrição foi publicada pela revista ;Veja;. Mas afirmou que não é possível saber onde foi o grampo: se no STF, no Senado ou se foi desviado dos computadores das operadoras que fazem parte do sistema.
O militar tem sob seu comando a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), suspeita de envolvimento na realização de grampos no Legislativo e no Judiciário.
"Restam outras perguntas: quem fez, como fez, por que e por ordem de quem fez "; ponderou. "A revista afirma que foi alguém da Abin, alegando que o informante é servidor. Seria muito bom que este informante tivesse procurado o chefe da Abin, o gabinete de segurança institucional, o MP e a polícia, mas preferiu denunciar o crime a um jornalista".
O general lembrou que não é a primeira vez que a Abin é acusada de fazer escuta ou outro tipo de monitoramento. E lamentou: "A imagem negativa ficou, embora nada tenha sido provado".
O ministro lembrou que pediu uma sindicância, mas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva preferiu pelo afastamento temporário da cúpula da agência.
"A partir destas medidas só nos resta agora aguardar a solução das investigações" disse, reafirmando a confiança nos afastados. "Em especial em Lacerda (Paulo Lacerda, diretor-geral da Abin). Espero ter a verdade em breve estabelecida e os culpados na Justiça".