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Varredura no Senado só se investigação considerar necessária, diz Corrêa

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A Polícia Federal não pretende, por enquanto, fazer uma varredura nas centrais telefônicas da Câmara e do Senado em busca de grampos. Mas a varredura poderá ocorrer se os delegados responsáveis pelas investigações de grampos telefônicos julgarem necessário. A informação é do diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa. "Varreduras são medidas preventivas, não necessariamente um método de investigação", explicou. "O Congresso tem capacidade técnica instalada e pode ser feito por ele [Congresso] no sentido de preservar o ambiente. Se os delegados entenderem que precisa de alguma perícia aqui, através desses canais institucionais que estabelecemos hoje, serão acionados para atender essa demanda", completou. Em visita aos presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), o diretor da Polícia Federal disse que a instituição está disposição dos parlamentares para que colaborem com as investigações. Corrêa disse ainda que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) será ouvido pela Polícia Federal amanhã (4) de manhã. Ele teve uma de suas conversas com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, gravada e deverá prestar esclarecimentos sobre o grampo. O caso também está sob investigação do Senado. O presidente da Casa, Garibaldi Alves Filho, deu prazo de cinco dias para que a Polícia Legislativa conclua as investigações sobre a possibilidade de grampos na Casa.