Politica

Senador critica prazo dado para conclusão de investigações sobre grampo

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postado em 03/09/2008 17:34
A decisão do presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), de estabelecer um prazo de cinco dias para que a Polícia do Senado apresente resultados da investigação sobre os supostos grampos telefônicos praticados contra parlamentares foi criticada pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM). O líder disse que a medida vai limitar a ações da Secretaria de Polícia do Senado. "Já considero errado ele atrair para o Senado uma coisa que não é daqui, e agora estabelece um prazo de cinco dias", criticou o líder tucano. Para Arthur Virgílio, ao estabelecer um prazo tão curto para as investigações, o presidente do Senado pode torná-las superficiais. Diante da decisão tomada por Garibaldi, a Polícia do Senado dará prioridade, em um primeiro momento, a uma vistoria na central telefônica e a ouvir os senadores supostamente grampeados. De acordo com a revista Veja, entre as vítimas das escutas clandestinas estariam o próprio Garibaldi Alves Filho, o primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Também não está descartada a possibilidade de se realizar varreduras nos gabinetes e nas linhas telefônicas que servem aos parlamentares. Ontem (2), em entrevista Agência Brasil, o diretor da Secretaria de Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, disse que o tempo das investigações dependeria dos resultados colhidos em seu andamento. A princípio, o diretor estabeleceu um prazo de 30 dias, que poderiam ser prorrogados. Ele não descartou, inclusive, que as investigações sobre a possibilidade de os grampos terem ocorrido nas dependências do Congresso se encerrassem antes do prazo de 30 dias.

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