Politica

Militares de fora do Rio vão atuar no Estado integrando as forças federais

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postado em 05/09/2008 15:21
O ministro Nelson Jobim anunciou nesta sexta-feira (05/09) que, além das tropas do Rio de Janeiro, militares de outros Estados serão mobilizados para acompanhar a campanha eleitoral no Estado. A necessidade de acionar contingentes de outros Estados a partir da próxima semana foi apontada ao ministro pelo comandante do Exército, general Enzo Martins Peri. Jobim assinalou que há uma falsa imagem de que o Rio tem uma "concentração forte de militares". "Não será tropa exclusivamente do Rio de Janeiro. O Rio tem uma peculiaridade, há uma imagem de que há uma concentração forte de militares, mas na realidade as forças operacionais são apenas duas. Existem aqui muitas escolas [militares], sistema de saúde etc. Por isso vamos ter que deslocar militares de outras regiões", disse o ministro no Rio de Janeiro, onde deu posse ao novo comandante de Operações Navais e diretor-geral de Navegação, almirante-de-esquadra Alvaro Luiz Pinto. Segundo o ministro, as forças acionadas e as regiões de onde as tropas irão partir serão definidas pelo CML (Comando Militar do Leste). Já as prioridades, localidades e a forma de engajamento serão definidos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ontem, o presidente do TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio de Janeiro), Roberto Wider, anunciou que as Forças Armadas deverão atuar em mais quatro regiões, além das 20 previstas inicialmente. Elas terão como missão evitar intimidação de eleitores, compra de votos e propaganda eleitoral ilegal em comunidades controladas por traficantes de drogas e milícias paramilitares. O novo relatório com as 24 áreas conflagradas será entregue nesta sexta-feira em Brasília ao TSE e ao Ministério da Defesa, pelo vice-presidente do TRE, desembargador Alberto Motta Moraes. Jobim disse que o almirante Prado Maia e o presidente do TRE estão discutindo hoje se as tropas terão poder de efetuar prisões e entrar em confrontos. "A tropa não terá função de segurança pública. O que têm que fazer é assegurar o procedimento eleitoral. O tribunal determinou três pontos básicos para assegurar a regularidade do processo: garantir a presença da imprensa, dos candidatos e a manifestação dos próprios eleitores. A função é pacificar as áreas para que todos possam circular", disse o ministro.

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