Politica

No rádio, Marta e Kassab rivalizam sobre investimentos

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postado em 08/09/2008 12:45
Os programas eleitorais de rádio da candidata petista à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, e do prefeito Gilberto Kassab (DEM), que tenta a reeleição, rivalizaram sobre investimentos em habitação e urbanização nesta segunda-feira. Marta citou investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em habitação na cidade para reforçar a idéia de parceria com a União, numa eventual vitória. Kassab falou de ações sobre o mesmo tema para diferenciar-se da gestão petista. Houve ainda críticas mútuas. O programa de Marta recordou realizações em sua gestão. "Urbanizou 29 favelas e 69 loteamentos", disse um locutor. A petista citou investimentos federais do PAC para ilustrar futuras ações, se eleita. "Muita coisa já vem sendo feita com a iniciativa e parceria do governo Lula. O PAC em São Paulo está investindo em Heliópolis, Paraisópolis, Guarapiranga [bairros da zona sul] e muitas obras foram viabilizadas com recursos federais", afirmou a ex-prefeita. Nos instantes finais, houve mais um ataque a Kassab. "Rapaz, é uma cascata atrás da outra. A última dele é dizer que tá fechando tudo que é posto que vende gasolina ruim. Cascata pura. Na verdade, é o governo federal que tá fazendo a fiscalização junto com a ANP [Agência Nacional de Petróleo] e as prefeituras, lideradas pelo governo federal, entram nessa força tarefa em todo o Brasil", disse um locutor. A propaganda do prefeito também abordou habitação e urbanização. "O maior programa de urbanização da América Latina", disse um narrador ao se referir a ações de Kassab. Curiosamente, o programa do DEM também falou de realizações do democrata em um dos bairros citados pelo programa petista: Paraisópolis, uma das maiores favelas da capital, que conta com obras federais e municipais de recuperação do local. O programa também criticou Marta. "O Kassab pretende despoluir todos os 300 córregos da cidade. [...] E isso sem criar nenhuma taxa nova. Aliás, ele tirou as taxas da Marta", disse um locutor. O programa do PSDB manteve o tom propositivo. As críticas a adversários são raras ou indiretas. "São mais de 1,3 milhão que precisam de tudo", disse o candidato tucano, Geraldo Alckmin, ao se referir ao problema da desigualdade social na cidade. Mais uma vez, a propaganda tucana citou o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), numa tentativa de associar a imagem dele à do ex-governador. Alckmin disputa com Kassab o apoio explícito de Serra, padrinho político do prefeito. Os demais candidatos trataram de propostas ou reafirmaram posições ideológicas. Início A propaganda eleitoral iniciou-se no dia 19 de agosto no rádio e na TV e vai até o dia 2 de outubro, três dias antes do primeiro turno, em 5 de outubro. Segundo o TSE, para prefeito e vice-prefeito, os programas são transmitidos às segundas, quartas e sextas-feiras, em dois blocos de meia hora cada um. No rádio, das 7h às 7h30 e das 12h às 12h30; e na TV, das 13h às 13h30 e das 20h30 às 21h.

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