Politica

Marta insinua que cobrança de taxa é eleitoreira e ataca gestão Kassab

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postado em 08/09/2008 18:24
Após ser cobrada judicialmente pela Prefeitura de São Paulo a pagar R$ 463,84 em taxas de lixo atrasadas --referentes ao ano de 2003-- a candidata Marta Suplicy (PT) voltou a afirmar que não sabia da existência da dívida, mas insinuou que a cobrança é eleitoreira, já que acontece a poucos dias das eleições. A ex-prefeita, que reuniu-se nesta segunda-feira com dirigentes da Fundação Abrinq, também criticou a gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição, na área da criança. "Mandei averiguar e realmente estava pendente. Não havia recebido a cobrança. É estranho ser recebida a 20 dias das eleições e estampar a capa dos jornais", afirmou Marta. A dívida refere-se a um apartamento da candidata --localizado na rua da Consolação, Jardins (zona oeste), conforme reportagem publicada hoje pela Folha. Segundo informa a reportagem, a administração de Kassab negou que a ação tenha objetivos eleitorais, e informou que em junho passado cobrava judicialmente 116 mil contribuintes com dívidas da taxa do lixo. A taxa foi criada em 2003, na gestão da própria Marta (2001-2004), para financiar os sistemas de coleta, transporte, destinação final e tratamento do lixo, segundo a prefeitura. O tributo foi extinto em janeiro de 2006, já na administração atual. Em 2004, foi apontada como um dos principais fatores para a derrota de Marta, que já afirmou publicamente ter se arrependido de sua instauração. Críticas No início da tarde de hoje, a ex-prefeita assinou um documento em que comprometeu-se a, se eleita, cumprir as metas do Programa Prefeito Amigo da Criança, da Fundação Abrinq, voltado para o bem estar da criança e do adolescente. Segundo os dirigentes da instituição, todos os candidatos a prefeito de São Paulo concordaram em firmar o compromisso. De acordo com os dirigentes presentes no encontro --Denise Cesar, Carlos Tilkian e Helder Delena-- a gestão atual não foi avaliada neste aspecto devido à troca de prefeitos --já que Kassab assumiu com a saída de José Serra (PSDB), então prefeito e atual governador--, e não pôde ser contemplada com o Prêmio Amigo da Criança. "A continuidade é um dos critérios do programa. Mesmo que eles enviassem os dados, não poderíamos avaliá-los em todos os aspectos. Mas para a gestão 2009-2012 estamos reavaliando isso", afirmou Helder Delena, coordenador do programa. Questionada sobre o tema, a candidata aproveitou para alfinetar o adversário. "Acho que por um governo que se vende como continuidade, não ter cumprido as metas assinadas pelo Serra mostra que a continuidade não foi exatamente o que foi depois vendida ao público", disse Marta, que ressaltou que em sua gestão, São Paulo foi uma das cidades que conquistou o prêmio. O fato de Serra ter deixado a prefeitura para assumir o governo do Estado é alvo de críticas de Marta desde antes das eleições municipais. Procurada pela reportagem, a assessoria de Kassab rebateu as críticas. "O trabalho desenvolvido pela gestão Serra/Kassab tem obtido altos índices de aprovação do cidadão paulistano. Além disso, Marta não tem autoridade para falar sobre esse assunto, uma vez que cumprir promessas não é sua especialidade", afirmou, em nota.

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