Politica

Marta e Alckmin receberam R$ 4,4 milhões via partidos

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postado em 09/09/2008 12:20
O PT e o PSDB injetaram no último mês R$ 4,4 milhões nas campanhas de Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), mostra prestação de contas parcial divulgada ontem. O valor representa 38% de tudo o que os dois declararam ter arrecadado até agora. As doações feitas pelos partidos aos candidatos representam, normalmente, uma tentativa de "camuflar" a origem do dinheiro. Receosas de terem seus nomes vinculados diretamente aos políticos, muitas empresas doam o dinheiro ao partido, que então o repassa ao candidato. Na prestação de contas eleitoral, a doação aparece como tendo sido feita pelo partido, que só é obrigado a mostrar seus números em abril do ano seguinte --e, mesmo assim, quase nunca é possível saber se o dinheiro doado por determinada empresa foi para o candidato ou para outro fim. A primeira prévia de prestação de contas da atual campanha, divulgada em meados de agosto, mostrou que 72% do dinheiro doado aos 11 candidatos à Prefeitura de São Paulo até então havia sido feito dessa forma indireta. Como até a noite de ontem o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não havia divulgado os dados completos da segunda parcial, não foi possível atualizar o índice. Os números relativos à arrecadação do prefeito Gilberto Kassab (DEM), por exemplo, ainda não estavam disponíveis. A campanha do democrata informa que sua campanha arrecadou até agora R$ 10,4 milhões (doações diretas e ao comitê financeiro do DEM em São Paulo), o que o torna, por enquanto, dono da campanha mais rica em São Paulo. Na primeira parcial, não havia doação expressiva do DEM, embora a maior parte dos recursos tenha entrado de forma indireta, pelo comitê. Líder na corrida à Prefeitura de São Paulo, Marta teve a arrecadação de sua campanha elevada de R$ 1,6 milhão no início de agosto para R$ 6,4 milhões agora, crescimento de 300%. Alckmin viu a arrecadação subir de R$ 770 mil para R$ 5 milhões, salto de 550%.

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