Politica

Entenda o que foi a Operação Mão-de-Obra

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postado em 11/09/2008 09:08
No primeiro semestre, a Primeira-Secretaria do Senado, comandada por Efraim Morais (DEM-PB), prorrogou até 2009 três contratos, num total de R$ 35 milhões, com as empresas Conservo e Ipanema, investigadas pela Polícia Federal por suspeita de fraudes nas licitações. Segundo o inquérito policial e denúncia do Ministério Público Federal por improbidade administrativa, os empresários negociavam com servidores do alto escalão da Casa o resultado dessas concorrências. As suspeitas rondam o gabinete de Efraim ; que nega envolvimento ; por causa da atuação do lobista Eduardo Bonifácio Ferreira, apontado como intermediário na suposta negociação. Ferreira foi flagrado por agentes federais entrando no gabinete então ocupado pelo parlamentar em seis ocasiões, entre junho e julho de 2006, em meio a processos de licitações vencidos pelas empresas investigadas. Segundo a PF, Ferreira usava a própria chave para abrir a porta e ter acesso à sala. Nessa época, havia mais de um ano que ele não trabalhava no Senado, onde ocupou de 2003 a 2005 cargo comissionado na Liderança da Minoria. Em 2003, quem comandava a Liderança da Minoria era Efraim. A PF registrou pelo menos oito encontros entre Ferreira e os donos da Ipanema e da Conservo. Durante a Operação Mão-de-Obra, deflagrada em julho de 2006 contra o esquema de fraudes, a polícia encontrou um cartão de visita em que o lobista se apresentava como assessor de Efraim.

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