postado em 12/09/2008 11:05
Ao final do segundo debate realizado na noite desta quinta-feira (11/09) na TV Bandeirantes, os candidatos à Prefeitura de São Paulo fizeram críticas uns aos outros, mas elogiaram suas atuações. Atacado na reta final do programa pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM), o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) devolveu o ataque e disse que o democrata não teve "coragem" de questioná-lo diretamente.
"Ele poderia ter perguntado para mim, mas não teve coragem. Fez uma colocação que eu não pude responder", afirmou o ex-governador, ao deixar a sede da TV. No último bloco do debate, Kassab criticou a gestão do tucano à frente do Palácio dos Bandeirantes e a ex-prefeita Marta Suplicy (PT).
Questionada sobre a polarização do debate com o prefeito, Marta voltou a alfinetá-lo, ao final do evento. "Ele deveria ter falado das AMAs [Assistência Médica Ambulatorial], de lata e das escolas de lata construídas por ele", disse.
O candidato à reeleição, no entanto, negou que tenha atacado os adversários. "Não ataquei ninguém. Mantive meu discurso de propostas", disse.
Já os adversários Soninha Francine (PPS) e Paulo Maluf (PP) --que trocaram farpas devido à polêmica sobre as declarações da ex-VJ à respeito da Câmara Municipal-- minimizaram a troca de críticas. "Não [estou ofendido], em absoluto. Mas ela tem a obrigação de dar os nomes denunciados por ela", disse Maluf.
"Não me surpreendeu. Ele já passou alguns dias detido, e tem contra ele uma série de processos. Durante o dia ele já tinha me cutucado, e por isso eu quis saber a opinião dele sobre o assunto [corrupção]", afirmou Soninha.
Questionado sobre a polarização do debate, Renato Reichmann (PMN) afirmou que é algo natural. "Acho normal essa polarização. Faz parte de um debate feito de pontos de vista distintos", declarou.
Já Ivan Valente (PSOL) criticou a "repetição" das propostas. "Só tem uma candidatura que defende o SUS. As outras querem privatizar. De resto, durante o debate, eles repetem sempre as mesmas perguntas e fazem as mesmas propostas", afirmou, criticado por Ciro Moura (PTC). "O Ivan foi muito egoísta, porque disse que só ele tem idéia nova. Idéia nova tenho eu". afirmou.