postado em 15/09/2008 18:55
A partir desta terça-feira (16/09), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro iniciará um atendimento especial para que os eleitores fluminenses possam tirar dúvidas e receber esclarecimentos sobre o processo eleitoral deste ano. Segundo informou nesta segunda (15) o presidente do tribunal, desembargador Roberto Wider, o sistema tem capacidade para atender até 20 ligações simultâneas.
Em um primeiro momento, o Disque Eleitor ficará disponível no período de segunda a sexta-feira, no horário das 8 s 20 horas. Depois, se houver necessidade, o serviço poderá ser estendido de domingo a domingo. O Disque Eleitor atenderá pelos números 2212 4600 e 2212.4650.
Roberto Wider encerrou o biênio de exercício na presidência do TRE/RJ e será substituído pelo desembargador Alberto Motta Moraes. Em entrevista coletiva, Wider afiançou que sua principal bandeira - a moralidade para o exercício do mandato eletivo - terá continuidade na gestão de seu sucessor. O trabalho segue, enfatizou, afirmando adiante, que nós não podemos abrir mão dessa luta pela melhoria do padrão ético e político no país. Essa é uma responsabilidade de todos, sublinhou Wider.
Ele prometeu continuar lutando para que o impedimento de registro candidatura de candidatos com fichas sujas seja transformado em lei. Informou que o colégio de presidentes dos TREs vai se empenhar junto aos órgãos competentes de todo o país para que essa bandeira não seja abandonada. Temos que respeitar a decisão do Supremo [Tribunal Federal] sobre essa matéria, mas não devemos de nenhuma maneira desistir dessa idéia. O STF decidiu que só pode haver impedimento de candidato condenado com sentença transitada em julgado (ou em definitivo). A expectativa do desembargador é que a medida possa ser implementada até as eleições de 2010.
Roberto Wider destacou que nenhum país da União Européia possui uma lei que exija moralidade dos candidatos. É um absurdo se precisar de uma lei para exigir moralidade no exercício de uma função pública, criticou. Ele explicou que, no exterior, são os próprios partidos políticos que fazem a triagem e excluem automaticamente os candidatos com fichas sujas.
Ao mesmo tempo, Wider reconheceu que, no Congresso Nacional brasileiro, há muitos que respondem por delitos. Isso, contudo, não serve de base para analisar a qualidade do Congresso como um todo, frisou. Seria um pouco leviano fazer isso, disse. O presidente do TRE avaliou que o combate aos candidatos sujos é um anseio da população. O objetivo, assegurou, é obter uma lei que regulamente a questão da inelegibilidade pelo pressuposto da moralidade.