postado em 17/09/2008 08:35
A prisão do delegado Romero Menezes aconteceu três meses depois da Operação Toque de Midas, que investigou fraudes no processo licitatório de concessão de uma ferrovia no Amapá. A partir de escutas telefônicas feitas com autorização, a Polícia Federal vem abrindo novos inquéritos para apurar outros supostos crimes cometidos pelos envolvidos. Um deles foi para verificar atos que estariam sendo cometidos por José Menezes Júnior, irmão do diretor-executivo afastado nessa terça-feira (16/09).
A PF e o Ministério Público não esclareceram exatamente quando o delegado tornou -sealvo das investigações. Porém, seu irmão buscava facilidades na cúpula da Polícia Federal para uma empresa de vigilância que estava abrindo. Entre os supostos favores recebidos estaria a intermediação do delegado em outros setores do governo, como na Secretaria Nacional de Segurança Pública, onde funciona o Conselho Nacional de Segurança Portuária (Conportos).
Entre os pedidos de Menezes Júnior estariam a facilitação de cursos de supervisor de segurança portuária e credenciamento para instrutor de tiros sem ter os requisitos legais. No Amapá, foi preso um funcionário da EBX, empresa investigada durante a Operação Toque de Midas.