Jornal Correio Braziliense

Politica

Feldman rebate críticas de Alckmin a Kassab

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Coube a um político do PSDB defender o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição pelo DEM, Gilberto Kassab, dos ataques de Geraldo Alckmin, candidato tucano à Prefeitura. O deputado federal e secretário de Esportes de São Paulo, Walter Feldman, foi o designado pela equipe do DEM para rebater a artilharia do adversário. Feldman tem liderado o time dos tucanos que decidiram apoiar Kassab e, por isso, foi alvo de um pedido de expulsão do PSDB. "Geraldo está irreconhecível", disse Feldman. "O DEM foi estratégico para tudo o que fizemos no Estado. Geraldo não pode bombardear a própria história. Alckmin disse que nas eleições municipais de 2004 Kassab era indesejado como vice do atual governador José Serra (PSDB), que teria pensado em desistir da candidatura por discordar da chapa. Kassab se negou hoje a entrar em discussão com o adversário, mas lembrou: "Ele (Alckmin) compunha a aliança que elegeu Serra e Kassab, é evidente que também participou desse processo." A afirmação foi feita depois de caminhada por uma rua de comércio da Lapa, na zona oeste da cidade. Feldman contradisse Alckmin, candidato pela coligação "São Paulo na Melhor Direção" (PSDB-PTB-PHS-PSL-PSDC). Ele afirmou que Serra respeitou a escolha do DEM e Kassab era quem não estava tão disposto a integrar a chapa por preferir se ocupar de funções do partido. "Quem queria outros candidatos a vice era o Geraldo, não o Serra", disse o secretário. Traição Feldman rebateu também a acusação de Alckmin de que o DEM teria traído o PSDB na escolha do presidente da Assembléia Legislativa em 2005. Segundo o secretário, Kassab - da coligação "São Paulo no Rumo Certo" (DEM-PR-PMDB-PRP-PV-PSC) - discordou da decisão do DEM de apoiar Rodrigo Garcia. "Ele manteve lealdade a Edson (Aparecido). Para Feldman, a mudança brusca do tom da campanha de Alckmin não deve reverter em votos, o secretário lembrou que, nas eleições presidenciais de 2006, Alckmin perdeu eleitores quando passou a atacar duramente seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva. "Mudanças com cunho eleitoral não são bem vistas. O povo é sábio.