postado em 21/09/2008 18:04
O Exército vai ocupar, de forma simultânea, no dia 5 de outubro, dia das eleições, as 27 comunidades do Rio de Janeiro, classificadas pela Justiça Eleitoral como áreas de risco. A ação será o ponto culminante da Operação Guanabara, que vem sendo realizada pelas Forças Armadas para coibir crimes eleitorais em áreas do estado do Rio, desde o último dia 11.
Serão milhares de homens. Ainda estamos terminando o planejamento, mas a operação culmina no dia 5, com a presença simultânea em todas essas comunidades, fazendo a segurança também de urnas, antes e depois das eleições, segurança da apuração em alguns locais, e a segurança do dia da votação, afirmou o porta-voz da operação, coronel André Luiz Novaes.
A estratégia prevista para o dia da votação é diferente da adotada até agora, neste período de campanhas eleitorais (do início da operação até 3 de outubro), em que as Forças Armadas ocupam apenas algumas das 27 comunidades de forma simultânea.
A operação teve até agora quatro fases. Na primeira, foram ocupadas a cidade de Campos, no norte do estado, e sete comunidades cariocas: Cidade de Deus, Rio das Pedras e Gardênia Azul, na zona oeste, e Vila do João, Vila dos Pinheiros, Conjunto Esperança e favela Nova Holanda, no Complexo da Maré.
Na segunda fase, os soldados se retiraram daquelas comunidades para entrar nas favelas do Taquaral, Coréia, Vila Aliança e Sapo na zona oeste. Na terceira fase, os militares saíram da zona oeste e foram para a zona sul, onde ocuparam a Rocinha e Vidigal
Na quarta fase, iniciada hoje (21), estão sendo ocupadas as favelas do Jacarezinho, na zona norte, e Carobinha, Barbante e Antares, na zona oeste. O Exército permanece nessas comunidades até esta terça-feira (23), depois seguem para Duque de Caxias, onde ocuparão, por dois dias, Gramacho e Lixão.
Também serão ocupadas as comunidades de Pilar e Beira-Mar, também em Caxias, Salgueiro, em São Gonçalo, Acari e Amarelinho, ambos na zona norte do Rio. As últimas duas favelas serão Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão, também na zona norte. No dia 4 de outubro não haverá operação e, no dia 5, os militares ocuparão, pela primeira vez, as 27 comunidades de uma só vez.