postado em 23/09/2008 09:42
Depois de enviar a proposta de orçamento de 2009 à Câmara Legislativa, o governo articula para evitar que o projeto de lei seja preservado na fase de discussão e sugestões dos deputados. Em uma reunião na tarde dessa segunda-feira (22/09) com secretários do Executivo e distritais da base de apoio, o governador José Roberto Arruda (DEM) insistiu na importância de conseguir executar as ações previstas no documento. O projeto de lei entregue na semana passada pelo GDF ao Legislativo detalha como serão repartidos os R$ 12 bilhões do tesouro local para o ano que vem. Entre as prioridades do governo, estão as obras de saneamento e infra-estrutura de áreas pobres da capital federal, como Arapoanga, Itapoã e os condomínios Sol Nascente e Por do Sol. Arruda também decidiu aplicar uma parte dos recursos na contratação de servidores públicos. Planeja reforçar as áreas de Saúde, Educação e Segurança com 8 mil funcionários a mais. Toda a programação do governo, no entanto, passa pela avaliação dos deputados. A Câmara deve analisar o projeto de lei de autoria do Executivo e fazer as emendas que considerar necessárias. É justamente nessa parte que Arruda quer sintonia. Durante o encontro de ontem, o governador frisou que a execução do orçamento está diretamente vinculada ao cumprimento de compromissos firmados ainda na época de campanha. Assim como fez de 2007 para 2008, o governo vai tentar costurar com a base aliada para que as sugestões dos parlamentares reforcem os projetos oficiais o quanto possível. Em troca, o governo promete executar as emendas propostas pelos parlamentares. No ano passado, por exemplo, poucos dias antes da aprovação do projeto de lei sobre o orçamento, o GDF elaborou uma lista com mais de 30 ações consideradas prioritárias, entre elas vilas olímpicas, postos policiais e de saúde. Quem seguiu a cartilha levou vantagem na liberação do dinheiro.