Politica

CPI dos Grampos ouve amanhã ministro-chefe do GSI e agente aposentado do SNI

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postado em 23/09/2008 16:00
A CPI das Escutas Clandestinas da Câmara vai ouvir nesta quarta-feira os depoimentos do ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Jorge Felix, e do agente aposentado do antigo SNI (Serviço Nacional de Informação) Francisco Ambrósio do Nascimento. Além deles, a comissão deve ouvir o sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, apontado como responsável por indicar Ambrósio para as investigações da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, o policial militar Jairo Martins, que também teria participado as investigações da Satiagraha ao lado de Idalberto e Ambrósio. Já a Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso só retoma as investigações sobre a crise dos grampos telefônicos depois do primeiro turno das eleições municipais, em 5 de outubro. O presidente da comissão, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), não marcou novos depoimentos para o período pré-eleitoral. Recesso branco O Congresso Nacional está em recesso branco até o primeiro turno das eleições, o que libera os parlamentares, mesmo os que não concorrem ao pleito, para participar das campanhas municipais fora de Brasília. Com isso, a previsão de convidar o ministro da Defesa, Nelson Jobim, para prestar depoimento à comissão só vai ser analisada após as eleições. "Na semana seguinte após o primeiro turno nós vamos elencar novos convites para esclarecimentos dos fatos atuais ou fatos novos que venham a surgir e que sejam da competência da comissão analisá-los", prevê Heráclito. O senador admite que a comissão mista não tem poderes regimentais para avançar na investigação sobre a suposta atuação da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) nos grampos contra autoridades dos três Poderes --já que os depoimentos tomados não são prestados sob juramento, a comissão não pode convocar autoridades para comparecer às sessões. "Nossa comissão tem poderes limitados e ela tem atividade também limitada, mas dentro desse âmbito nós vamos procurar exercer a nossa tarefa até o seu limite", disse Heráclito. O senador não se deu por satisfeito com os últimos depoimentos da comissão. Segundo ele, as divergências entre as declarações não foram sanadas mesmo depois da segunda sessão com o diretor afastado da Abin, Paulo Lacerda, o ministro-chefe do GSI, o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, e Ambrósio.

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