Politica

Presidente do TSE defende investigação de tentativa de impedir venda de jornal

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postado em 29/09/2008 20:33
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Carlos Ayres Britto, afirmou nesta segunda-feira (29/09) que a Justiça Eleitoral investigará as denúncias de que um grupo de homens armados teria comprado ontem de madrugada cerca de 30 mil exemplares do jornal "Extra", editado no Rio de Janeiro, antes mesmo de os exemplares chegarem às bancas nos municípios da Baixada Fluminense. "O Ministério Eleitoral está ciente e providências serão tomadas. Vamos fazer um levantamento", afirmou o presidente do TSE, sem dar mais detalhes. "Todos esses episódios significam um elemento de perturbação no processo eleitoral. Não há como tapar o sol com a peneira. Nós sempre reagimos." Segundo Ayres Britto, a obrigação da Justiça Eleitoral é garantir a legitimidades e regularidade nas eleições. "A Justiça Eleitoral tem por missão em processo eleitoral assegurar a legitimidade e regularidade do processo eleitoral. E, esses elementos de defecção serão combatidos", disse ele. *Compra* A compra dos exemplares ocorreu no município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. No local há um galpão que funciona como centro de distribuição de jornais para toda a região. O grupo de homens armados percorreu as bancas de cidades próximas, como São João de Meriti, para observar se o jornal estava à venda. Os exemplares comprados pelos homens traziam a seguinte manchete: "Deputados em campanha mentem para garantir salário de R$ 13 mil". De acordo com o relato publicado no site do "Extra", alguns jornaleiros que inicialmente se negaram a vender os exemplares cederam porque foram ameaçados. Por temer represálias, eles não procuraram a polícia. De acordo com os depoimentos dos jornaleiros, foram ameaçados com pistolas e revólveres para que vendessem os jornais. A reportagem que trata da manchete acusa deputados estaduais, que são candidatos a prefeito, de forjarem explicações para terem abonadas as faltas em sessões da Alerj (Assembléia Legislativa do Estado do Rio). Com isso eles conseguem manter os salários de forma integral, de cerca de R$ 13 mil, sem os descontos por falta determinados pela legislação. Na Alerj, 23 deputados são candidatos a prefeito. O o presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio, Alberto Motta Moraes, criticou a ação do grupo armado. Para Moraes, as denúncias são graves. "[Isso] nos parece claramente um golpe de natureza eleitoral", disse ele.

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