postado em 01/10/2008 10:12
Dona Miriam Osvaldina Bispo Moraes não aparenta os 73 anos que tem. Apesar do bom humor e da disposição, a dona-de-casa depende de remédios para manter a saúde bem. Sofre com fortes dores na coluna e tem problemas cardÃacos. O marido, Jaime Ribeiro, de 79 anos, teve um derrame. Para poder retirar medicamentos de graça, o casal precisa recorrer sempre à farmácia básica de Buritis, cidade no noroeste de Minas Gerais a 240km de BrasÃlia. Dona Miriam disse que nunca voltou para casa de mãos vazias. O mesmo não pode ser dito do marido.
;Ele já precisou comprar remédio. Se falta no posto, ele que compra;, disse. A moradora contou que vizinhos e conhecidos também já fizeram queixas sobre a falta de medicamentos para atender à população da cidade. ;De vez em quando falta remédio. Eles (os governantes) tinham que tratar melhor disso e ter mais carinho com o eleitor;, completou.
Farmácia
Candidato à reeleição, o prefeito de Buritis, Keny Soares, o Dr. Keny (PDT), rebateu as crÃticas. Disse que a farmácia da cidade é bem equipada e que tem cerca de 150 itens à disposição do público. ;Desconheço a falta de medicamentos. Pode haver falta de remédios especÃficos, de uma receita que não é preconizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mas a nossa lista de medicamentos abrange todos os tipos de patologias. Temos até a ampliação dos itens da chamada farmácia básica. O que pode ter é em algum momento, na entrega da medicação, ficar alguns dias sem aquele item. Mas não existe uma falta rotineira;, afirmou.
Ouça o prefeito de Buritis (MG) Dr. Keny (PDT)