postado em 01/10/2008 18:16
A candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PT, Marta Suplicy, minimizou a pesquisa do Instituto Datafolha divulgada hoje que mostrou o prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição, oito pontos porcentuais à frente do adversário do PSDB, Geraldo Alckmin, no primeiro turno, e cinco pontos na dianteira dela no segundo turno. "Eu não estou nada temerosa. Estou, ao contrário, com muita tranqüilidade", disse, após um comício no Jardim Novo Horizonte.
Dando ênfase à "tranqüilidade" na disputa, Marta fez campanha na zona sul da capital paulista, um dos maiores redutos eleitorais dela. De acordo com o Datafolha, Marta lidera o primeiro turno, com 34% das intenções de voto, seguida por Kassab, com 27%, e Geraldo Alckmin - "São Paulo, na Melhor Direção" (PSDB-PTB-PHS-PSL-PSDC) -, com 19%. No segundo turno, a candidata do PT à Prefeitura de São Paulo tem 44%, ante 49% do prefeito e candidato a reeleição pela coligação "São Paulo no Rumo Certo" (DEM-PR-PMDB-PRP-PV-PSC).
Marta reconheceu que a eleição na segunda etapa é diferente e que os pleitos na capital não são fáceis. "São Paulo é São Paulo não é fácil. Vai ser disputado", afirmou a candidata da coligação "Uma Nova Atitude para São Paulo" (PT-PCdoB-PDT-PTN-PRB-PSB). "Mas eu estou muito animada.
Entretanto, aliados de Marta reconheceram que não receberam bem o resultado do levantamento. A candidata do PT avaliou que ainda não está definido quem irá para a segunda fase e pediu para que se espere a abertura das urnas.
Segundo turno
Marta afirmou que tem "uma posição bastante consolidada" e voltou a destacar que "adversário não se escolhe". "Quem for o candidato, vamos enfrentar. Qualquer candidato é difícil no segundo turno. Todos os candidatos são fortes e eu também sou forte. Nós vamos disputar voto a voto.
Mais cedo, em encontro com moradores do bairro de Varginha, a candidata pediu votos com ênfase. "Eu preciso de vocês, eu preciso do seu voto", disse, do alto de um carro de som. Marta voltou a dizer que a estratégia é "proposta, proposta, proposta" e prometeu tentar atrair eleitores de outros candidatos no próximo estágio da competição eleitoral.
"Àquele que já votou, eu vou pedir o voto, novamente. Àquele que ficou na dúvida, eu vou pedir para ele acreditar. Àquele que não votou, vou pedir para dar uma chance." A candidata não acredita ser "uma façanha" trazer os votos do PSDB num segundo turno contra Kassab. "Façanha não é porque eu já dei votos para o PSDB quando o Covas (Mário Covas, ex-governador de São Paulo) foi candidato e o PSDB já deu votos para mim quando eu disputei com o Maluf (Paulo Maluf, candidato do PP). Não é nada inédito.
Sobre se aumentaria a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima etapa da eleição, Marta prosseguiu: "Vai ser na medida que a gente achar que possa e que seja conveniente para a agenda dele." A previsão é de que Lula participe pelo menos mais uma vez da campanha da candidata petista, no segundo turno.