postado em 01/10/2008 18:33
O prefeito e candidato à reeleição em São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse que a aliança entre PSDB e DEM deve continuar no segundo turno impulsionada por diálogos entre dirigentes dos dois partidos logo após a decisão do primeiro turno.
"O governador José Serra assim como todos os dirigentes do PSDB e do DEM sempre trabalharam pela aliança, portanto vamos aguardar o primeiro turno para depois os dirigentes dos partidos acharem a melhor forma de trabalharmos todos juntos", afirmou Kassab durante visita à Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) Edu Chaves, na zona norte de São Paulo.
Kassab atribuiu os conflitos entre as legendas como fruto de uma "situação eleitoral complexa", que deve ser superada em virtude dos anos de parceria entre as siglas.
"Todo mundo sabe que a situação eleitoral de São Paulo é complexa. São dois partidos que se dão muito bem, o PSDB e o democratas. Nós governamos a cidade e o governo de São Paulo, fazemos juntos oposição ao governo federal e já governamos o Brasil juntos com o Fernando Henrique. Então em breve vamos superar essa complexidade no ponto de vista eleitoral." Para Kassab, o possível diálogo não deve, no entanto, engessar sua campanha. "É evidente que ouvirei aquelas pessoas que tenho que ouvir, que entendo serem importantes, mas não tenho compromisso com ninguém a não ser com a cidade", afirmou.
As direções municipal, estadual e federal do PSDB divulgaram hoje nota de apoio à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à Prefeitura de São Paulo. Na nota, dizem que fizeram um "esforço extraordinário" para manter a aliança entre DEM e PSDB, que não foi possível já que ambos os partidos lançaram candidatos próprios na disputa.
As três esferas do PSDB afirmam que não esperavam que parte do tucanato iria contrariar a convenção do partido que aprovou a candidatura própria de Alckmin e apoiar a reeleição de Gilberto Kassab (DEM).
"Esse procedimento é recriminado pela direção do partido, que renova o seu integral apoio a candidatura de Geraldo Alckmin", diz a nota.
Máquina pública
Após visita oficial à escola, Kassab fez caminhada com eleitores pelo comércio do Jardim Sabrina (zona norte). Ao misturar as agendas de campanha e prefeitura, Kassab foi questionado se a prática não acarreta o uso da máquina pública na campanha eleitoral. Constrangido, o prefeito disse que não há interferência, pois faz campanha em horários alternativos.
"Deixo as ações da campanha para o período do café, do almoço e do jantar, e as atividades do prefeito para a manhã e tarde. Mas o importante é que não há nenhuma interferência da prefeitura e do [poder] executivo na campanha", afirmou.