postado em 02/10/2008 09:17
Com a vitória em primeiro turno garantida pelos números da pesquisa Ibope divulgada na semana passada, na qual aparece com 81% das intenções de voto, o prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), não faz ataques na televisão aos adversários, não comparece aos debates políticos e tem restringido seus poucos comícios às regiões mais carentes da cidade, sua maior base eleitoral. A liderança folgada levou à capital alagoana vários ministros do governo Lula que, em vez de pedirem voto ao candidato petista Judson Cabral, declararam seu apoio ao atual prefeito.Nos últimos dias, caminharam pelas ruas de Maceió ao lado do prefeito os ministros José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) e Márcio Fortes (Cidades). Em seu programa eleitoral apareceram Juca Ferreira (Cultura) e outros representantes do Planalto que, em nome do governo federal e de olho em 2010, pediram votos para o candidato à reeleição, que promete ser o fenômeno das urnas este ano.
A popularidade do atual prefeito e a liderança dele nas pesquisas não foram abaladas pelos discursos dos adversários, que lembraram durante toda campanha o recente indiciamento de Almeida pela Polícia Federal. Segundo a denúncia, o prefeito é acusado de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro por irregularidades cometidas durante o exercício do mandato de deputado estadual.
Segundo turno
O cenário eleitoral deu início a uma disputa paralela entre os outros candidatos. Judson Cabral e Solange Jurema (PSDB), a candidata lançada pelo governador tucano Teotônio Vilela e pelo senador Renan Calheiros (PMDB), começaram a trocar acusações e deixaram de lado os ataques a Almeida. A briga entre eles agora é pelo segundo lugar no pleito. Segundo a última pesquisa Ibope, o petista tinha 6% contra 4% da candidata tucana. A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 27 de setembro e registrada na 3; Zona Eleitoral de Maceió sob o número 11/2008.
FICHA TÉCNICA
Maceió (AL)
População - 900 mil habitantes
Eleitores - 504,6 mil
Candidatos - 5
PIB - R$ 6,1 bilhões