postado em 02/10/2008 18:46
O PT de Paulínia, no interior de São Paulo, registrou seis Boletins de Ocorrência na delegacia da cidade para denunciar a depredação de veículos, agressão física a militantes e cabos eleitorais, e ameaça ao candidato à prefeitura pelo partido, Dixon Carvalho - "Renova Paulínia" (PT-PR). Segundo informou o presidente do PT, Laércio Guiachetto, foram ao menos dez ameaças e, nos dois últimos casos, registrados hoje e ontem, elas foram feitas por pessoas que usavam veículos adesivados com propaganda do candidato adversário, José Pavan Júnior (DEM).
Hoje, um membro do PT foi interceptado por um carro da coligação adversária - "Conhecendo o Presente - Garantindo o Futuro" (PCdoB-PDT-PSL-PTB-PMDB-PRP-DEM-PSC-PSDC-PP-PHS-PTN-PRTB-PPS-PRB) - e fugiu, após ameaça de agressão. Ontem, um cabo eleitoral fazia campanha no bairro Jequitibá 2, por volta de 20 horas, quando foi perseguido e parado por dois carros com adesivos de Pavan e também ameaçado.
"Fora isso, há boletins sobre perseguições, carros que batem nos carros dos filiados, fecham a frente, ameaçam e fogem. Tudo para intimidar", disse Guiachetto. A coordenação de campanha do candidato José Pavan Júnior informou, por meio de assessoria, que tem conhecimento de alguns casos, mas são ações isoladas e a coligação nada tem a ver com a ação dos suspeitos.
Além de recorrer à polícia, o PT enviou cópia de ao menos dois boletins à Justiça Eleitoral e solicitou reforço de tropas federais no domingo, dia da eleição. O delegado titular de Paulínia, Tadeu Aparecido Brito Almeida, informou que no período eleitoral foram registrados 15 boletins de ocorrência, seis deles pelo PT. "Três viraram inquérito por ameaça e porte ilegal de armas. Os outros foram encaminhados à Justiça Eleitoral. Não são crimes de competência da polícia estadual.
Forças Armadas
A juíza Ana Lia Beall disse não considerar necessário o pedido de reforço das Forças Armadas para o domingo. "Já oficiei os comandos das polícias Civil e Militar. A PM deve colocar o maior número possível de homens na rua", afirmou a juíza. A Polícia Militar informou que vai trabalhar com 100% do efetivo, mas não informou o número de homens que trabalham em Paulínia.
O senador Aloizio Mercadante, que visitou hoje a região, informou ter entrado em contato com os presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, e do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), desembargador Marcos César Valente, para assegurar a lisura no processo eleitoral. "Isso não ocorreu em nenhuma cidade do Estado de São Paulo. A escalada da violência nesse período em Paulínia foi absurda", disse Mercadante.